Comércio informal x ordenamento urbano: E agora, Petrolina?

0

A cidade paga o preço por essa fama de “ser boa pra viver, boa pra morar”. Diariamente, chegam pessoas exatamente para morar e viver bem nessa metrópole média que atende as grandes e pequenas demandas sociais e também no aspecto imediatamente econômico. Na vitrine, entre as cem melhores cidades com oportunidades variadas de encaixe para emprego, as pessoas que também buscam qualificação profissional.  Agora, existe o desafio para quem tem inspiração e vocação aos pequenos empreendimentos e negócios informais. 

Daí, o cadastro para camelô e vendedor ambulante em Petrolina não suporta mais com seu código de postura. Tem gente vendendo nas calçadas por todo o Centro da cidade, distribuindo mais vendedores de “qualquer coisa” nos arredores com extensão até a Orla 1, e parte da Avenida Joaquim Nabuco. Um desafio para a fiscalização municipal e ao mesmo tempo por questões de justiça social, reparar, corrigir, acomodar toda essa situação para centenas de pessoas em busca da sua segurança alimentar e financeira. 

O Mercado Turístico ficou pequeno para atender esses empreendimentos. E por trás dessa corrente informal, há a ação clandestina de comerciantes que orientam suas cadeias de negócios que sublocam camelôs e têm lojas abertas, simultaneamente. Cabe ao poder público municipal rever seus conceitos de tributos e organização de comércio. Cabe ao Sindlojas e a CDL, em conjunto com a Câmara de Vereadores, reabrir um debate com essa população que está nas calçadas do Centro de Petrolina. 

Consertar essa situação exige articulação política e sensibilidade social. Mas, as regras que valem para lojistas, que pagam um enorme penduricalho tributário, devem funcionar para o comércio informal só sustentam na aparência esse “jeito de camelô”. E ajustar o negócio informal entre pobres, desempregados, que estão sem visualização do poder municipal só será possível com uma conversa franca entre as partes interessadas, sem prejuízo de outrem. Enfrentar o caos. Para ser a Petrolina dessa propaganda “boa pra viver”.