Prefeitura de Petrolina orienta empreendedores sobre a importância da precificação correta para a sustentabilidade dos negócios
Definir o preço de um produto é uma das decisões mais importantes para quem empreende. Mais do que calcular custos e adicionar uma margem de lucro, a precificação exige planejamento, conhecimento do mercado e atenção aos tributos e despesas operacionais. Um erro nesse processo pode comprometer a lucratividade e a competitividade de um negócio — especialmente no caso de micro e pequenos empreendedores.
Atenta à importância desse tema para a sustentabilidade dos negócios locais, a Prefeitura de Petrolina, por meio da Agência Municipal de Empreendedorismo (AGE Petrolina), orienta que o preço de um produto não deve ser definido no improviso. É fundamental que o empreendedor se planeje e busque informações para tomar decisões mais seguras e estratégicas.
Entre os desafios mais comuns enfrentados por quem empreende estão: o desconhecimento dos próprios custos (fixos, variáveis e indiretos), a ausência de controle financeiro, a dificuldade para calcular a margem de lucro e a falta de análise da concorrência. Além disso, muitos acabam esquecendo de incluir tributos e taxas, como impostos ou comissões de maquininhas, o que pode gerar prejuízos invisíveis no dia a dia.
A AGE Petrolina reforça que o preço de um produto não deve ser apenas competitivo, mas também compatível com a realidade financeira do negócio e com a percepção de valor do público-alvo. Por isso, a orientação sobre precificação se torna um passo fundamental para garantir que mais negócios locais possam se manter ativos, gerando emprego, renda e movimentando a economia de Petrolina. Os empreendedores que sentirem dúvidas ao definir os preços dos produtos, podem procurar a Agência, lá também são oferecidas informações sobre esse assunto.
Confira algumas orientações básicas para precificar de forma mais segura:
1. Mapeie todos os custos – tanto os fixos (como aluguel e salários), quanto os variáveis (como matéria-prima e embalagem) e indiretos (como energia e deslocamento).
2. Inclua impostos e taxas – como tributos do regime tributário (MEI, Simples Nacional, etc.), taxas de cartão e plataformas de venda.
3. Defina uma margem de lucro realista – compatível com seu segmento e com o posicionamento da sua marca.
4. Estude o mercado e a concorrência – para entender onde o seu produto se encaixa em termos de preço e valor percebido.
5. Avalie a percepção de valor do cliente – considerando qualidade, diferenciais e entrega.
6. Monitore, teste e ajuste – precificação é um processo contínuo que exige atenção constante.
Dica prática de precificação
- Para produtos físicos, uma fórmula simples pode ajudar a chegar a um preço de venda que cubra os custos e ainda gere o lucro desejado:
Preço de Venda = Custo Total ÷ (1 – Margem de Lucro em decimal)
Exemplo:
- Se o custo total de um produto é R$ 50,00 e a margem de lucro desejada é de 30% (ou 0,30), a conta seria:
Preço de Venda = 50 ÷ (1 – 0,30) = 50 ÷ 0,70 = R$ 71,43
Esse valor já considera o lucro desejado embutido no preço. A partir dele, o empreendedor pode fazer ajustes com base na realidade do seu mercado, na concorrência e na percepção de valor do seu público.