Em entrevista concedida nesta terça-feira (22), Alisson Oliveira, secretário executivo de Serviços Públicos de Petrolina, fez um extenso balanço sobre as ações da sua pasta e respondeu às críticas de ouvintes relacionadas a saneamento, iluminação pública e patrolamento.
Alisson começou explicando os efeitos das recentes chuvas intensas que atingiram a cidade. “Essa chuva, apesar do solo estar seco, foi muito rápida e acabou causando alguns transtornos. Mas a gente estava com os canais limpos, e isso ajudou bastante. Esses canais limpos foram essenciais para amenizar os problemas. Para vocês terem uma ideia, essa foi a maior chuva de outubro da história de Petrolina”, ressaltou o secretário.
Ele também comentou sobre os esforços da Prefeitura em resposta imediata às chuvas: “No sábado, o prefeito esteve conosco, acompanhando o trabalho junto com toda a equipe da Defesa Civil, a Secretaria de Infraestrutura, e a Secretaria de Saúde. Fizemos um grande trabalho para atender a população de imediato, e isso se repetiu em várias áreas da cidade, como no bairro Quati II.”
Sobre os problemas específicos do Quati II, Alisson explicou o que aconteceu durante a última chuva: “No Quati II, havia menos de seis dias que a gente tinha limpado o canal, mas, infelizmente, as pessoas jogaram lixo, sacolas e outros materiais que acabaram obstruindo a passagem da água. Quando a água veio, ela não conseguiu passar porque o canal estava tampado. Isso fez com que a água retornasse para as residências. Essa é uma questão muito importante: as pessoas precisam ter consciência de que, se o canal estiver sujo por conta de lixo jogado constantemente, o trabalho da Prefeitura fica comprometido. Estamos limpando os canais periodicamente e reforçando as equipes, como o próprio prefeito reiterou em nossa reunião de sexta-feira, quando pediu prioridade total para manter as passagens de água 100% limpas. Isso vai ajudar muito a minimizar os impactos.”
Alisson também destacou o plano de macro e microdrenagem que a Prefeitura está desenvolvendo: “Estamos com nosso plano de macro e microdrenagem pronto. Isso vai retirar muitos dos problemas da cidade, que é plana. Em lugares como a Rua 37, no Quati II, a situação hoje está controlada. Lá, por enquanto, estamos fazendo patrolamento até conseguirmos chegar com a pavimentação definitiva. E já limpamos o canal novamente, para que, quando chover, a água possa escoar adequadamente”, afirmou o secretário.
Em seguida, Alisson respondeu a um ouvinte, Demésio da Silva, morador do Jardim Petrópolis, que reclamou do resultado de um patrolamento realizado na Rua 18, onde o serviço teria elevado a rua e dificultado o escoamento da água. Segundo o ouvinte, “a água não teve para onde descer e invadiu as casas, transformando a Avenida das Cercas em uma lagoa, impossibilitando até a passagem de carros pequenos. Vários moradores, incluindo idosos e pessoas com deficiência, ficaram em uma situação inusitada por conta do patrolamento”.
Alisson reconheceu o problema e explicou as ações realizadas: “No sábado, estivemos vendo algumas situações no Jardim Petrópolis. A drenagem que fizemos ali, na divisa com o Parque São Gonçalo, ajudou muito. Colocamos manilhas de maior diâmetro, o que facilitou bastante o escoamento da água. Se houve alguma intercorrência, estamos atentos e continuaremos trabalhando para resolver essas questões”, afirmou o secretário.
Ele também mencionou o trabalho realizado no canal que corta a Avenida da Redenção, onde “estamos alargando o canal e colocando manilhas adequadas para suportar o volume de água das 21 ruas que escoam para lá. Agora, com esse reforço, a água não vai mais encharcar o solo da mesma forma”.
Alisson reiterou que a gestão está comprometida em resolver os problemas de forma definitiva, citando o caso da Lagoa do Jatobá: “Hoje, esperamos liberar 100% daquela via. Não é só uma questão imediata de usar bombas para retirar a água. Estamos trabalhando para garantir que o entorno esteja liberado e que a drenagem seja adequada, para que esses problemas não se repitam no médio prazo.”
Outro ouvinte, Rosimário Ribeiro, morador do bairro Padre Cícero, reclamou sobre a falta de saneamento na Avenida Asa Branca, destacando que o esgoto é a céu aberto e que, embora uma rede de esgoto exista em frente à creche, a rua não possui o serviço. “É uma vergonha. A creche não tem saneamento, mas o vizinho da frente tem. Isso já dura mais de 10 anos. Por que não é feito o saneamento, se a rede principal está lá?”, questionou Rosimário.
Em resposta, Alisson afirmou que está ciente da situação e que a Prefeitura está buscando soluções. Ele destacou que, embora intervenções tenham sido feitas em algumas ruas próximas, como a Rua Taturana e a Rua da Preguiça, a questão do saneamento é mais complexa e requer planejamento a longo prazo. “Estamos estudando a melhor forma de expandir a rede de saneamento para atender todas as áreas que ainda não foram contempladas. O saneamento é uma prioridade para nós, e estamos trabalhando para que esses serviços sejam realizados o mais breve possível”, finalizou o secretário.
