O brasileiro está dividido entre os que apoiam a volta ao trabalho das pessoas que estão fora dos grupos de riscos e os que defendem o isolamento social como forma de combate à expansão do novo coronavírus.
Uma pesquisa do Datafolha publicada nesta quarta-feira (29) apontou empate técnico entre os pontos. Defendem a volta ao trabalho para aqueles que não estão no grupo de risco 46% dos entrevistados, segundo a pesquisa. Eram 37% no início de abril e 41% em 17 de abril.
Apoiam o isolamento social amplo – de todos, inclusive quem está fora do grupo de risco – 52%, contra 60% no início de abril e 56% no último dia 17.
De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, o Datafolha ouviu na segunda-feira (27) por telefone 1.503 pessoas em todos os estados. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
DIFERENÇAS DE RENDA
O estudo também indicou que o apoio ao isolamento seletivo é maior entre os mais ricos: 58% dos que ganham mais de dez salários mínimos, contra 44% dos que recebem até dois salários.
Os mais ricos são também aqueles que dizem que mais cumprem a quarentena: 71%. 56% deles dizem sair só quando inevitável e 15%, nunca.
Os mais pobres (até 2 salários mínimos), empatam com os mais ricos em isolamento: 71%, sendo 17% totalmente isolados. Mas 3% deles dizem não ter alterado a rotina, contra apenas 1% dos mais ricos. Esse grupo disse estar totalmente isolados 16% dos entrevistados, e 53% afirmaram que só saem de casa quando inevitável.