Em entrevista ao Nossa Voz desta terça-feira (27), o gerente regional da Compesa, Alexsandro Chaves, trouxe uma novidade no processo de monitoramento do fornecimento de água em Petrolina. Já estão em operação em pontos estratégicos da cidade, os aparelhos chamados dataloggers. Através deles é possível monitorar e registrar, remotamente, a situação de abastecimento da cidade.
“Essa tecnologia é um monitoramento online de vazões e pressões em toda a rede. É espalhado em toda a rede da cidade. E que é que permite esse tipo de investimento? São os chamados dataloggers, que são monitorados pelo nosso sistema operacional, que também funciona 24h, que qualquer alteração na rede, seja uma queda de pressão que pode estar relacionado a vazamentos ou alterações em algum dos nossos registros e válvulas na rede, ou uma subpressão que pode ser causada por obstruções ou alguma válvula com defeito e causando o problema”, explicou.
De acordo com Chaves, a identificação do problema gera uma resposta instantânea na busca por soluções. “Nesse momento, ele aciona os nossos operadores volantes, que são os profissionais que trabalham 24h disponíveis na rede de abastecimento, que vão aplicar uma medida emergencial. No momento em que ocorrem essas alterações de pressões eles fazem essas alterações”.
Além de auxiliar na resolução das questões pontuais, os dataloggers ainda apresentam dados para investimento a longo prazo. “Servem também para nos nortear nos projetos que estão por vir, principalmente da rede de abastecimento de água, em que a gente tem um recursos garantido de R$ 5 milhões para elaborar o projeto de ampliação e melhoria dessa rede de abastecimento. Então, ele é uma espécie de diagnóstico, é igual ao exame de Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA) no qual o médico, conforme as alterações de pressão, é receitado o tratamento para o paciente. Todos os bairros da cidade estão sendo monitorados, e isso nos dá um norte também para elaborar um projeto mais preciso, tanto para resolver os problemas que existem quanto para nos dar um horizonte dos próximos 20 ou 30 anos”.
Os equipamentos estão instalados na entrada de algumas residências, com a anuência dos moradores. Ao todo são 36 dispositivos, mas existe a possibilidade de ampliação de acordo com a demanda. “Já estamos na faixa de 36 equipamentos espalhados pela cidade e vamos ampliando conforme verificamos que outros pontos já começam a ter sinais de reclamações. E por isso, é importante que as pessoas informem as quedas de pressões que entrem em contato pelos nossos canais de atendimento, porque conforme a quantidade de protocolos e reclamações a gente vê a necessidade de colocar mais pontos naquela região para que possamos resolver o problema”.