De Petrolina, cineasta pernambucano representa o Sertão no MICBR 2025, evento internacional

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O cineasta caatingueiro, Wllyssys Wolfgang, foi selecionado como um dos quatro nomes do audiovisual nordestino, selecionados pelo Ministério da Cultura, a participar do Mercado das Indústrias Criativas do Brasil (MICBR), um dos principais encontros de mercado do audiovisual latino-americano, que aconteceu de 3 a 7 de dezembro, em Fortaleza (CE).

Trazendo no currículo o título de “Melhor Filme Pernambucano” pelo 15º Festival de Triunfo, Wllyssys acabou de filmar na Caatinga, com mais de 100 profissionais, a série LGBTQIAPN+ de ação “Drags Justiceiras”, repleta de tiros, coreografias e efeitos. Nos últimos meses, Wllyssys rodou o longa documental “DNA Origens – Sertão” (sobre ciência e ancestralidade), dirigiu a série de suspense/terror “Carniceiros” (Looke / Prime Video) e entregou a série “Natureza Forte” (Globoplay). 

Reconhecido por unir arte, identidade regional e inovação, o cineasta tem construído uma uma trajetória marcada por produções realizadas no sertão pernambucano (como a série Drags Justiceiras e o longa documental DNA Origens – Sertão). À frente da WW Filmes, produtora fundada há mais de 15 anos em Petrolina, o diretor reforça a presença do cinema da Caatinga no cenário nacional. 

“No MICBR, defendi que descentralizar é urgente. O Sertão já produz audiovisual de impacto e maturidade — falta o mercado reconhecer que o futuro também vem do interior. E neste sentido, o evento foi um sucesso, buscamos parceiros que enxergassem a força do audiovisual feito no Semiárido”.Foi o Funcultura Audiovisual/FUNDARPE, por exemplo, que permitiu que seus filmes fossem realizados literalmente na Caatinga, em territórios distantes da lógica centrada em Recife. Ele já povoou a Caatinga com “zumbis” — ou quase isso, como os seres animalizados de ‘Carniceiros’ — cujo piloto somou mais de 30 prêmios e indicações, incluindo “Melhor Direção” e “Melhor Produção”. Em 2025, concorreu ao Prêmio ABC na categoria “Direção de Arte”.

Mas seu primeiro impacto nacional veio com “Ser Tão Avoador” (2012), drama sobre violência doméstica que venceu o 24º Festival Internacional de Curtas de São Paulo nas categorias “Formação do Olhar” e “SescTV”. “Contar nossas histórias a partir de nossas perspectivas é protagonismo. As séries ‘Carniceiros’ ou ‘Drags Justiceiras’, por exemplo, têm elenco majoritariamente local. Ver esses rostos nas telas é uma viagem nova — e necessária para o cinema brasileiro”, afirma Wllyssys.

Conheça mais sobre o trabalho do cineasta e sua produtora nas redes da WW Filmes (@wwfilmes) e mergulhe nas histórias que fazem do Sertão um verdadeiro cenário de criação, resistência e inovação no audiovisual brasileiro.–

FONTE: Ascom