Quem pretende viajar nas próximas férias e ainda não comprou as passagens, é melhor se apressar. É que com a suspensão dos voos da Avianca Brasil pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), os preços de passagens aéreas das companhias concorrentes — Gol, Latam e Azul — tendem a ter novos aumentos além do que já subiram desde abril, quando a Aviaca entrou em recuperação judicial e cancelou mais de 2 mil voos.
Um levantamento feito pela empresa especializada em busca de passagens Kayak no início de maio mostra que a alta média nos preços foi de 14%. Brasília foi um dos destinos que mais encareceram, tendo um aumento de aproximadamente 70% nos preços, segundo o estudo. “Com os cancelamentos, a oferta de voos nacionais diminui e os preços aumentam. É a lei da oferta e da demanda. Além disso, o volume total de buscas no site aumentou 40% após os primeiros cancelamentos”, explica Eduardo Fleury, líder de operações da Kayak no Brasil.
Para viajar sem ficar endividade, especialistas orientam que, para evitar gastos além dos desejados, é importante fazer um planejamento, como definir, com antecedência, todos os custos com passagens, hospedagem, alimentação e passeios.
O professor de Finanças Ricardo Rocha estabelece três fases para o preparo de uma viagem econômica. O primeiro é a avaliação de prós e contras do destino e escolher o que está mais em conta. No segundo passo, é preciso decidir os dias da estadia e fazer uma ampla pesquisa sobre o custo da hospedagem e do transporte. Já a terceira fase do planejamento se baseia no cálculo mínimo dos gastos diários, incluindo compras desejadas e alimentação.
“O ideal é ter reservas de 30% acima do orçamento estabelecido para a viagem, porque é muito provável ocorrerem gastos adicionais. Além disso, sugiro que toda a programação financeira comece com 12 meses de antecedência, para ter a possibilidade de guardar parte dos recursos mensalmente”, sugere Rocha. (com informações do Correio Braziliense)