Definição do comando da Codevasf deve sair até o dia 30 de março, afirmou Silvio Costa Filho no programa Nossa Voz

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Silvio Costa Filho. Foto: Câmara dos Deputados

O deputado federal, Silvio Costa Filho (Republicanos), participou do Nossa Voz nesta terça (14) para falar das ações em Brasília, avaliar a gestão do governo Lula e da da possibilidade de indicação do Republicanos pelo comando aqui da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), assunto que vem fervilhando os bastidores da política em Pernambuco. 

Silvio destacou o papel estratégico da Codevasf para a região e comentou sobre a escolha do representante. “A gente tem conversado com o presidente Lula,  estamos conversando com o ministro da casa civil, Alexandre Padilha, e naturalmente, com outros parlamentares de Pernambuco, com outros partidos, para tentarmos construir de maneira coletiva esse espaço aí na Codevasf, tem que ser um nome que possa atender todos os deputados federais, todos os prefeitos de Pernambuco, que possa dar celeridade às obras de infraestrutura, que possa ajudar uma região tão importante que é a região do Vale do São Francisco, sobretudo na agenda do desenvolvimento econômico, no desenvolvimento social. A Codevasf tem um papel fundamental, que é de levar infraestrutura, levar máquinas e equipamentos para atender a produção,  a agricultura familiar e é fundamental que a gente possa construir de maneira coletiva o nome que venha de fato contemplar a ampla maioria da bancada”.

“Tenho conversado com o prefeito João Campos, conversamos lá atrás com o senador Humberto Costa, e acho que até o dia 30 agora de março, a gente deve ter um desenho mais claro sobre isso, para que a gente possa também construir de maneira coletiva, e o próprio Fernando Bezerra filho, que é um amigo pessoal, independente com qualquer disputa eleitoral pontual em alguma cidade, eu tenho muito apreço pelo deputado Fernando Filho, temos uma relação pessoal, é alguém que sem dúvida alguma sempre terá uma presença importante na Codevasf, até porque eles fazem política em Petrolina, e é importante que a gente possa continuar tá ajudando a cidade de Petrolina a crescer, se desenvolver, tendo em vista que por onde a gente anda há um reconhecimento que foi feito pelo ex-prefeito Miguel Coelho e hoje o prefeito Simão”, destacou. 

Silviou negou as informações de bastidores de que Humberto Costa estaria travando as nomeações do segundo escalão federal por querer o comando de várias instituições, entre elas, a Codevasf. “Não procede. O senador Humberto Costa tem procurado ajudar o presidente Lula desde o primeiro momento. O Senador Humberto é um quadro profundamente importante aqui dentro do congresso nacional e é legítimo que ele possa indicar nomes para compor o segundo escalão, o terceiro escalão do governo federal. Eu tenho pelo Senador Humberto uma boa relação, votei nele praticamente todas as vezes que ele disputou a eleição e nós estamos alinhados, ao lado do presidente Lula, para construirmos um projeto para Pernambuco, hoje claramente há um alinhamento no estado de Pernambuco entre o PT, o Republicanos e o PSB. A gente tá trabalhando primeiro para ajudar um presidente Lula na agenda da governabilidade, segundo ao lado dos ministros apresentar um conjunto de ações para o estado de Pernambuco, e paralelamente, nós vamos trabalhar fortemente para que a gente possa de maneira coletiva ajudar os municípios de Pernambuco, até para construir um projeto para 2024 e para 2026”, declarou.

Silvio avalia o governo Lula

O deputado fez uma avaliação positiva do início da gestão do governo Lula. “Primeiro, ele acertou, na minha opinião, quando ele indicou lá atrás ainda Geraldo Alckmin para poder fazer a transição, ele deu um sinal ao congresso nacional, ao mercado, à sociedade, que ia governar não só com PT, mas também com o centro e com aqueles partidos que pensam diferente, porque as diferenças que constroem a convergência. Segundo acerto foi em relação à escolha do Arthur Lira e do Rodrigo Pacheco, foi muito importante ele ter ajudado na eleição de Arthur Lira, porque isso deu uma certa tranquilidade para podermos iniciar a legislatura, e terceiro, ele está ampliando com os partidos. Hoje, nós temos uma base em torno de 250 deputados, e nós vamos, ao longo dos próximos dois meses no mais tardar, ampliar a base ainda mais”, disse.

“No meu partido, Republicanos, hoje nós somos 42 deputados e você sabe que desde o primeiro momento eu trabalhei muito pelo presidente Lula e tô trabalhando dentro da bancada para a gente poder levar o apoio ao presidente, significa dizer que, dos 42 deputados, possivelmente entre 25 e 28 que querem dar uma contribuição ao governo”, conjecturou.

“Eu tive conversando ontem com o vice-presidente Geraldo Alckmin, na semana passada conversei com o ministro Fernando Haddad sobre a agenda econômica dentro do congresso nacional, todo o nosso foco agora, esforço é na agenda econômica, na reforma tributária, na âncora fiscal. Eu tenho certeza, se nós avançarmos nessa agenda, o Brasil vai voltar a crescer, vai voltar a gerar emprego, esse é o maior programa social. Eu sou um defensor do Bolsa Família, do Pronatec, do ProUni,  do Minha Casa Minha Vida, do Luz para Todos, todos são programas importantes, mas o maior programa social do Brasil é emprego e renda, é isso que traz dignidade e traz felicidade para as pessoas”, afirmou.

Repasse do Fundo de Participação dos Municípios

Questionado sobre a frente, na Marcha dos Prefeitos em Brasília,  em busca de apoio para evitar a redução no repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), o deputado defendeu.“Eu sou um municipalista convicto, o futuro do Brasil não está apenas aqui em Brasília, mas ele tá sobretudo nas cidades, nos municípios, até porque são nos municípios que a população vive, e nós temos os nossos maiores problemas de carência social, é uma falta de uma creche, uma falta de posto de saúde, uma praça que não foi concluída ou não se iniciou, uma falta de saneamento, entre outros problemas do nosso cotidiano, então é fundamental que a gente possa fortalecer os municípios de Pernambuco e do Brasi”l. 

“Antes da constituição de 88, 70% do que se arrecadava ficava nas mãos de estados e municípios e 40% nas mãos da União. Nesses últimos 30 anos, a pirâmide se inverteu, hoje 40% fica nas mãos de estados e municípios e 60% nas mãos da União, por isso que a gente tá defendendo o novo pacto federativo, o novo federalismo, que a gente possa fazer com que os municípios possam ter mais recursos para poder prover investimento, infraestrutura e programa social”, disse.

Relação do governo federal com PE

Em relação ao alinhamento do governo federal aqui no estado de Pernambuco, falou da necessidade da governadora Raquel Lyra ampliar o diálogo com o setor produtivo e com a classe política. Além disso, destacou a necessidade de ampliar os investimentos em águas, barragens, estradas, transposição. “Eu tive a oportunidade de ser deputado estadual com ela, nós temos um bom relacionamento, eu disse a ela que todas as vezes que ela precisar ela vai contar conosco para nós ajudarmos, a gente tem conversado nessa direção. (…) É importante que ela possa apresentar de fato uma agenda econômica e social para Pernambuco”.