Demanda por UTIs para Covid-19 cai na maioria das capitais brasileiras

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(Foto: Reprodução)

A demanda por leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para pacientes com Covid-19 caiu em 18 capitais brasileiras, além do Distrito Federal, ao longo da última semana.

Os dados mostram um cenário de menor pressão por leitos após a alta registrada durante os meses de maio e junho deste ano. De todas as capitais, apenas Curitiba, Campo Grande e Palmas permanecem com ocupação de leitos acima de 90%. Na semana anterior, eram seis capitais acima deste patamar.

A queda na demanda coincide com uma redução nas internações e mortes pela Covid-19 entre pessoas na faixa de 60 anos, conforme apontado em reportagem do jornal Folha de S.Paulo. O mesmo movimento já havia sido registrado entre nonagenários e octogenários, reflexo do avanço da vacinação nessas faixas etárias.

Também houve queda na média móvel de mortes pela doença, que caiu para 1.603 nesta terça-feira (20), a menor desde 9 de março.

Dentre os 26 estados e o DF, enfrentam cenário mais crítico Paraná e Santa Catarina, ambos com ocupação acima de 90%.

A ocupação de leitos de UTI caiu em todas as capitais da região Centro-Oeste. A maior redução em termos percentuais foi registrada em Cuiabá, que tinha 85% de seus leitos ocupados na última semana e, agora, tem 64% das vagas em uso –os dados incluem hospitais da Baixada.

Nenhuma nova vaga de UTI foi aberta na semana, o que significa que houve redução no total de pacientes internados. A queda foi verificada também no estado, que passou de 86% para 75% dos leitos em uso.

Estado da região que enfrenta um cenário mais grave da pandemia, Mato Grosso do Sul conseguiu baixar o índice de ocupação de leitos para pacientes graves, chegando a 88% nesta segunda-feira.

Em Pernambuco, a taxa de ocupação de UTIs segue em queda pela terceira semana consecutiva. Nesta terça-feira (29), o índice na rede pública estadual é de 76% –o menor percentual dos últimos quatro meses. Na capital, que conta com grande parte da rede intensiva, a tendência é a mesma.

Há um mês, havia 275 doentes graves em Pernambuco aguardando o momento de acessar uma UTI. Desde a semana passada, a fila está zerada.

O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), atribuiu a diminuição na pressão do sistema de saúde ao avanço da vacinação no estado.

A queda ocorreu mesmo com redução no número de leitos em operação – que passou de 212 para 195 no mesmo período. Se somados os leitos bloqueados, o total para Covid chega a 422. Ao menos dois hospitais do DF, no entanto, ainda tinham nesta segunda 100% dos leitos de UTI públicos ocupados.

Dentre os estados do Nordeste, a única capital em que não houve queda na ocupação de leitos foi Teresina. Na capital piauiense, o índice subiu de 64% para 73%, reflexo da desativação de 29 leitos na última semana.