Uma mulher procurou o Nossa Voz para denunciar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) de Juazeiro. Segundo a ouvinte Maria Luciana, ela chamou a unidade para socorrer o enteado, Edicleiton Soares do Nascimento Silva no último domingo (7), mas teria sido tratada com descaso pelo médico com quem falou por telefone.
“Meu enteado passou mal. Eu precisei do serviço do SAMU, liguei e o médico pediu que a gente deslocasse o rapaz para o Hospital Promatre. Só que ele não tinha como sair, porque estava com falta de ar, ele estava sofrendo um infarto. Eu liguei duas vezes e o médico não mandou o socorro. Eu tive que pedir a ajuda de outra pessoa para ligar e, mesmo assim, o socorro demorou, a ambulância veio sem os equipamentos certos e não deu tempo”, relatou Maria Luciana.
Segundo a ouvinte, o médico fez pouco caso do pedido de socorro. “E ainda desligou na minha cara quando eu liguei na segunda vez. Agora as pessoas que precisam do SAMU morrem à míngua”, desabafou Maria.
Edicleiton foi levado para a Promatre, mas de acordo com Luciana, não havia mais nada a ser feito. Além disso, mais um fato chamou atenção da madrasta da vítima. Segundo Maria, o rapaz morreu em decorrência de um infarto, no entanto, na certidão de óbito colocaram suspeita de Covid-19. “Ele estava enfartando, ele era obeso”, contestou a ouvinte do Nossa Voz.
Em nota a Secretaria Municipal de Juazeiro informou que “o SAMU recebeu a solicitação às 16h:05min e foi enviada de imediato a ambulância de suporte avançado para atender o paciente com queixa de falta de ar. Os primeiros atendimentos foram realizados e houve o encaminhamento para a Promatre que, em seguida entrou em contato com a equipe do SAMU informando que o paciente testou positivo para COVID-19 e foi a óbito na unidade por volta das 19h”.