Em entrevista concedida ao programa Nossa Voz, o deputado federal Coronel Meira (PL) tratou de temas que vão da política nacional à economia regional, passando por pautas como anistia aos presos de 8 de janeiro, críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF), além da situação dos produtores rurais de Pernambuco.
O parlamentar reforçou a defesa do que chama de “pacote da paz”, que, segundo ele, seria uma medida para pacificar o Brasil.
“Eu digo sempre, né, e todos que estão nos ouvindo, o Brasil precisa urgentemente, tá certo? Eu apelidei, foi um nome que eu coloquei, de um pacote da paz. O que é o pacote da paz? É o fim do foro privilegiado, é a anistia total e irrestrita, como fez o general João Figueiredo, e também a votação do impeachment do ministro Alexandre de Moraes. O Brasil não pode estar convivendo com essa injustiça, com brasileiros presos injustamente e perseguidos”, afirmou Meira.
Durante a conversa, o deputado também criticou a condução política do atual governo federal e reforçou que o país atravessa um momento de instabilidade democrática.
“O Brasil hoje não vive uma democracia. Vivemos uma ditadura da toga. O poder judiciário precisa cumprir seu papel, respeitando a Constituição. Se a Constituição está ruim, vamos discutir uma nova constituinte, mas não rasgar a que existe. É isso que está acontecendo hoje com o STF”, disse.
Impactos econômicos no Vale do São Francisco
Ao ser questionado sobre os reflexos do aumento de tarifas internacionais e os prejuízos que produtores de manga e uva da região podem enfrentar, Coronel Meira destacou que o governo precisa buscar diálogo diplomático.
“Essa decisão não atinge só o Brasil, mas vários países. No entanto, o presidente do Brasil tem que negociar, sentar à mesa, como outros países fizeram. Ele não é presidente de uma facção chamada PT ou PSOL, ele é presidente do país. Precisa colocar o povo brasileiro acima da bandeira ideológica, porque hoje quem está pagando é o produtor, é o trabalhador do campo”, disse o deputado.
Meira ainda fez referência direta ao Vale do São Francisco:
“Nós estamos vendo a fruticultura, em especial a manga e a uva de Petrolina, sendo impactada por essa crise. Isso gera desemprego, gera insegurança econômica. É preciso uma solução imediata para não termos prejuízos históricos nesta safra”, pontuou.
Eduardo Bolsonaro e articulações políticas
Outro ponto abordado foi a atuação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL) nos Estados Unidos, o que gerou críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para Coronel Meira, o colega de partido cumpre papel estratégico.
“Eduardo Bolsonaro é nossa ponta de lança. Está sacrificando sua família e sua vida pessoal por nós, fazendo articulação política internacional. Ontem ouvimos Paulo Figueiredo, Alan dos Santos, Sérgio Tavares e mulheres que foram presas em 8 de janeiro. O Brasil chorou com os relatos. Então, não tem nada de irregular. Eduardo está cumprindo sua missão”, defendeu.
Questionamentos da população
No estúdio, também foram apresentados questionamentos de ouvintes sobre o chamado “pacote da paz”, em especial quanto à proposta de anistia ampla e irrestrita. Críticos afirmam que a medida poderia passar a impressão de impunidade. Coronel Meira rebateu:
“Não é impunidade, é pacificação nacional. Nós já vivemos isso na história do Brasil, e deu certo. O que não pode é mantermos presos políticos e perseguições que só aumentam a divisão no país. A anistia é um caminho para o Brasil voltar a crescer e se reencontrar como nação democrática”, concluiu.