Deputado estadual com base na região sisaleira é alvo de operação contra desvios na educação

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O deputado estadual Marcinho Oliveira (União) é um dos alvos de uma operação deflagrada em conjunto pela Polícia Federal (PF) e Controladoria Geral da União (CGU) na manhã desta terça-feira (15).

Ao todo, são cumpridos cinco mandados de busca e apreensão em Santaluz, na região sisaleira e reduto do legislador, e na capital baiana no âmbito da 2ª Fase de Operação Santa Rota, que combate desvios de recursos públicos destinado à educação, mais precisamente ao transporte escolar. Um dos mandados foi cumprido na sede da Assembleia Legislativa do Estado da Bahia (AL-BA) e outro na residência de Marcinho.

Em julho passado ocorreu a primeira fase da operação. Na ocasião, foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão. Segundo a PF, foi a partir da primeira fase que a investigação chegou a novos envolvidos na execução do contrato investigado, bem como o pagamento de vantagens indevidas a gestores municipais de Santaluz, entre estes, o deputado estadual citado.

Segundo a PF, na primeira fase da investigação, foram identificados fortes indícios de fraude à licitação realizada pelo município de Santaluz, para contratar empresa que prestaria o serviço de transporte escolar naquele município.

Além disso, a investigação apontou ainda o superfaturamento na execução do contrato celebrado com a empresa, além da participação e recebimento de vantagens indevidas pelos servidores públicos envolvidos na contratação.

Ainda segundo a PF e a CGU, empresas de um mesmo grupo econômico atuaram para elevar o valor de referência do pregão eletrônico que iria contratar a empresa que prestaria o serviço de transporte escolar em Santaluz.

A investigação revelou ainda o ajuste entre empresas participantes da sessão do pregão eletrônico, além de manobras realizadas pela pregoeira para inabilitar outras não integrantes do esquema, para direcionar a contratação à empresa “vencedora” da licitação. 

Após contratada, a empresa passou a superfaturar a execução do contrato, por meio da subcontratação quase integral do objeto, da criação de rotas “fantasmas”, bem como da utilização de veículos pertencentes ao município de Santaluz.

Fonte: Bahia Notícias