As comemorações do Dia da Independência do Brasil, neste sábado (07) em Petrolina foram marcadas pelo desfile cívico-militar. Como em todos os anos, centenas de pessoas prestigiaram o desfile das tropas do Colégio Militar, Marinha, Exército, Aeronáutica, Polícia Militar, 2ª Biesp, Corpo de Bombeiros, Polícia Rodoviária Federal, Guarda Municipal de Petrolina, além dos militares da reserva.
Diversas autoridades políticas prestigiaram o desfile, entre elas os vereadores de Petrolina, o deputado Antônio Coelho e o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, que falou sobre a importância da data. “É um momento pra gente reconhecer a nossa história. História de luta, de superação da nossa nação, do nosso país. Acho que setembro é um mês duplamente especial pra Petrolina. Não só pelo 7 de setembro, mas também pelo 21 de setembro, quando a nossa cidade completa 124 anos”, destacou.
Grito dos Excluídos
Ao final do desfile cívico-militar, como já acontece há 15 anos, o Grito dos Excluídos encerrou as comemorações dando voz às minorias. Representantes de povos indígenas, negros, religiões de matriz africana, população LGBT, foram alguns dos vários grupos que compuseram a marcha dos excluídos nesta edição.
O Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Assalariados Rurais de Petrolina (STTAR), Leninha e integrantes da categoria participaram do protesto. “Estamos aqui no Grito dos Excluídos porque a gente entende que a nossa classe tem sido excluída”, comentou Leninha, citando a recente morte de uma trabalhadora rural, que foi vítima de um acidente causado, principalmente, por falta de manutenção nas estradas de acesso aos perímetros irrigados.
Durante o Grito, não houve nenhum episódio de violência ou confronto, diferente do que aconteceu ano passado, quando homens da Guarda de Petrolina chegaram a usar spray de pimenta nos manifestantes. Mas, durante a passagem dos manifestantes, em boa parte dela, o som continuou ligado, o que atrapalhou os discursos.
O vereador Gilmar Santos, usou o microfone pra pedir que a organização desligasse ou baixasse o som pra que fosse lido um manifesto. Mas o pedido não foi prontamente atendido. “Nós observamos que é uma falta de respeito da gestão com uma manifestação pacífica, uma dentro das regras democráticas, uma demonstração de que o povo está insatisfeitos com a situação em que se encontra o país”, lamentou o parlamentar.
Em seguida, a vereadora Cristina Costa falou com o líder da bancada do prefeito, Aero Cruz e com o secretário de Governo e Agricultura, Simão Durando para que a situação fosse resolvida. Foi depois dessa intervenção que o protesto seguiu e, finalmente, foi lida a carta do Grito dos Excluídos.
Confira a carta do Grito dos Excluídos de Petrolina 2019: