O ministro da Justiça, Flávio Dino, defendeu nesta quarta-feira (19) os mandados de busca e apreensão cumpridos na terça (18) pela Polícia Federal contra os suspeitos de ofender e agredir o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e o filho dele na última semana.
As agressões aconteceram no Aeroporto Internacional de Roma, na Itália, cometidas por brasileiros. Nesta terça, a PF foi a dois endereços dos suspeitos em Santa Bárbara d’Oeste, no interior de São Paulo.
“A medida se justifica pelos indícios de crimes já perpetrados. Tais indícios são adensados pela multiplicidade de versões ofertadas pelos investigados”, diz Dino na mensagem publicada.
“Sobre a proporcionalidade da medida, sublinho que passou da hora de naturalizar absurdos. E não se cuida de ‘fishing expedition’, pois não há procura especulativa, e sim fatos objetivamente delineados, que estão em legítima investigação”, prossegue o post.
O termo “fishing expedition”, citado por Dino, descreve operações policiais especulativas, ou seja, sem objetivo claro. O ministro da Justiça nega que a PF tenha agido dessa forma, nesse caso.
Após o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, a defesa dos suspeitos classificou a ação da PF como “desproporcional”.
Entenda o caso
No dia 14 de julho, Moraes teria sido hostilizado por um grupo de brasileiros no aeroporto internacional de Roma.
Os envolvidos seriam quatro integrantes de uma família de Santa Bárbara D’Oeste, interior de SP: o casal Roberto Mantovani Filho e Andréa Mantovani e o genro Alex Zanatta, além do filho do casal, Giovani Mantovani, que teria tentado conter os outros três.
Na ocasião, Andréa teria se aproximado do ministro e o chamado de “bandido, comunista e comprado”. Além dos xingamentos proferidos contra Moraes, o filho dele também teria sido agredido com um tapa por Roberto.
Após o episódio, os acusados embarcaram normalmente para o Brasil, mas, ao desembarcarem em Guarulhos, foram abordados pela PF.