Na próxima segunda-feira (01), a Prefeitura de Petrolina dará início a reforma do pátio de feira da Areira Branca. A obra mexerá não apenas com a estrutura física, mas também com a rotina dos feirantes que atuam no local. Alguns deles já apresentam algumas insatisfações relativas ao espaço escolhido pela gestão para funcionamento temporário das atividades comerciais.
Os trabalhos devem durar cerca de 10 meses e nos finais de semana, a área provisória contará com interdições nos finais de semana (a partir da sexta-feira à noite) de um trecho da Avenida da Polônia, nas proximidades da área de alimentação da feira. A rua da Ingazeira será usada como via de espape para manter a circulação de clientes, que aos domingos chegam a um fluxo de quase 2 mil pessoas.
“Uma reforma orçada em quase R$ 4 milhões, é uma reposta a cobrança constante não dos feirantes como da população que frequenta as feiras e vamos fazer uma melhoria significativa. Sabemos que há transtornos relacionados às obras, mas infelizmente a gente tem que fazer. Você sabe que até na casa da gente quando tem uma reforma, tem transtornos e algumas pessoas não entendem”, afirma o diretor de feiras livres de Petrolina, Tony César.
Ainda de acordo com o diretor, o projeto prevê a mudança do piso, melhorias na iluminação e na hidráulica, banheiros novos, cobertura na área de alimentação, além da construção de boxes padronizados para comercialização de carnes e queijos.
“Algumas pessoas não estão entendendo direito, por mais que a gente explique, algumas pessoas não querem entender a dificuldade. Vamos relocá-los para o lado, no estacionamento e há uma divisão entre carne, frango, peixe, também frutas e verduras. O que eles questionam é isso, porque a verdura precisa ficar próxima da carne. Mas, infelizmente, a feira da Areia Branca tem 8 mil metros quadrados e eu não tenho espaço para colocar esse povo junto [no local provisório]”.
Não há possibilidade de ofertar cobertura para os feirantes porque, segundo Tony César, o Tribunal de Contas do Estado vem, durante a pandemia da covid 19, expedindo medidas cautelares contra o aluguel de toldos e barracas por não serem considerados materiais essenciais a serem contratados com dispensa de licitação. A sugestão do diretor é que os feirantes se reúnam e aluguem as estruturas mediante rateio dos valores cobrados.
Reconhecendo a possibilidade de redução do fluxo de consumidores, Tony César destaca a importância e perenidade dos benefícios previstos a partir da finalização da obra. “Hoje estou diretor, mas eu vou passar, o prefeito vai passar e eles vão ficar com uma casa nova, vão ganhar uma feira nova que vai beneficiar não só eles como os filhos, os netos. É um transtorno a princípio, mas que beneficiará a todos no futuro”, ponderou.