O diretor médico da Secretaria de Saúde de Petrolina, Diego Dourado Santana, participou do programa Nossa Voz desta segunda-feira (5), falando sobre os números da Covid-19 no município e alertando sobre a necessidade de cuidados para evitar a transmissão do vírus.
Questionado sobre o número de mortes pela doença, que tem aumentado em Petrolina no último mês, Diego explicou que a mortalidade da cidade é uma das menores do país. “Felizmente, os casos que chegam a um desfecho desfavorável, com óbito, é de 1,3% na cidade. Ou seja, para cada 100 casos da doença, apenas um evolui para óbito. É preciso sempre traçar esse parâmetro também entre o estado de Pernambuco, que é o segundo pior do país, com taxas de morte em 3,9%, ficando acima da mundial, que é de 3,8%. O Brasil tem um percentual de 2,7%”, explica.
Sobre as características da mortalidade no município, Santana explica que 58% ocorreram em pessoas do sexo masculino; 70% dos óbitos foram de idosos a partir de 60 anos; e 80% dessas pessoas possuíam alguma comorbidade como diabetes, hipertensão e/ou obesidade.
O diretor destacou ainda que nem toda síndrome gripal é um caso confirmado de Covid-19, por isso é importante a notificação de sintomas na unidade de saúde de referência. “De 23 de março de 2020, quando tivemos o primeiro caso, até o último boletim, temos 19.566 confirmados para Covid-19 de um total de 47.260 casos de síndrome gripal. Os confirmados para a nova doença representam 41% deste número e 5% da população total de Petrolina”, diz.
Um dado importante que foi salientado pelo diretor médico é que, apesar de não ser a regra, o que tem se observado é a morte de jovens sem nenhuma comorbidade. “Não é a regra, mas tem sido recorrente a ocorrência de óbitos de adultos jovens, que não apresentam nenhuma doença associada e isso nos deixa apreensivo, portanto, a gente faz um apelo, uma vez que se criou a ideia de que a Covid-19 só acometia os idosos de forma mais grave, e, por isso, os jovens estão pagando um preço muito alto, se arriscando em festas, em aglomerações. As recomendações são as mesmas, os cuidados são aqueles que já sabemos: distanciamento social ainda é a melhor maneira, lavar sempre as mãos e sempre que possível evitar sair de casa”, finaliza.