O vereador Gilmar Santos teve dois requerimentos rejeitados pelos colegas, mas, mesmo sabendo que a bancada de situação continha mais parlamentares do que a oposição, argumentou pela aprovação desafiando-os a provar que não havia na rejeição o empenho em esconder esquemas e roubalheiras. Nas solicitações, Santos solicitava ao secretário de Infraestrutura e Mobilidade, Fred Machado, informações sobre o Plano de Macrodrenagem do Município e respostas aos questionamentos sobre a pavimentação asfáltica da Avenida do Petróleo no Bairro Dom Avelar, que passa por reparos pouco tempo após ter sido feita.
O líder da situação, Diogo Hoffmann, orientou sua bancada pela derrubada dos requerimentos, afirmando que as informações já estariam no Portal da Transparência.
Gilmar Santos negou que as respostas estivessem postadas ali e foi enfático nas críticas à postura do situacionista, a quem acusou de agir como “subprefeito”. Para o oposicionista, a reprovação das suas solicitações esconde possíveis “esquemas” e “roubalheiras” na execução dos contratos para a prestação dos serviços listados.
Outros integrantes da bancada de oposição defenderam a aprovação dos requerimentos feitos por Gilmar, a exemplo de Ronaldo Silva.
Membros da situação negam haver qualquer tipo de “esquema” ou “roubalheira”. Entre as críticas mais contundentes ao posicionamento de Gilmar Santos foi feita pelo vereador César Durando. Para ele, Gilmar fala de esquemas mas não olha para o passado do partido ao qual faz parte, em referência ao PT, ao qual o oposicionista é filiado. “Esquema é o que o partido dele fez quando governou o nosso país e talvez, eu peço a Deus que não faça de novo nesses próximos quatro anos em que vai novamente governar o nosso país. Ali sim, todos aqui sabem que é público e notório o que era esquema, altos esquemas. É o que o partido dele, desse vereador que só sabe abrir a boca para falar em roubalheira, mas não olha para o rabo dele”.
A provocação feita por Durando não ficou sem resposta. “[Eu quero] Lembrar para esse vereador que eu não tenho rabo, eu tenho voto do povo. Ele não tem, não foi eleito pela maioria do povo. Ele é resultado de um apêndice e se você for no dicionário está lá, apêndice: cauda. Quem tem rabo é o senhor vereador, rabo preso aos privilégios, aos projetos particulares e possivelmente aos esquemas”, disparou Gilmar.
Os requerimentos nº 567 e 568 de autoria do petista foram reprovados por 13 votos a 06.
Votaram a favor os vereadores Samara da Visão, Gilmar Santos, Marquinhos do N4, Elismar Gonçalves, Ronaldo Silva e Gaturiano Cigano.
Votaram contra os vereadores Diogo Hoffmann, Major Enfermeiro, Josivaldo Barros, Osório Siqueira, Wenderson Batista, César Durando, Zenildo do Alto do Cocar, Maria Elena, Rodrigo Araújo, Edilsão do Trânsito, Marquinhos Amorim, Capitão Alencar e Ruy Wanderley.