Na última sexta-feira (6), Petrolina (PE) registrou uma morte por chikungunya, a vítima era uma idosa de 86 anos, sem histórico de comorbidades. O caso acendeu o alerta de altas ocorrências da doença na região, onde Petrolina está entre as 10 cidades do Brasil com mais registros prováveis de transmissão pelo mosquito Aedes aegypti, responsável pela dengue, zika e chikungunya, segundo mostram os dados do Ministério da Saúde.
Para explicar as elevadas incidências de chikungunya, dengue e zika, o programa Nossa Voz conversou com o diretor de Vigilâncias Epidemiológicas de Petrolina, Acácio Andrade. Ele informou que os dados apresentados são de casos que estão em investigação e que o número de infectados pode ser inferior. “É importante a gente informar esses dados que estão sendo divulgados são de casos prováveis, que estão em investigação laboratorial. Se você tiver sintomas característicos dessa doença já está enquadrado com casos suspeitos”, explicou.
O diretor faz um alerta e explica que quando é realizada a vistoria nos imóveis para detectar os focos do mosquito, muitos estão fechados ou não recebem os agentes, o que representa cerca de 7 mil casas sem receber as devidas ações pela prefeitura.
“Nossa equipe faz a vistoria dos imóveis a cada dois meses, o que é recomendado pelo Ministério da Saúde, tivemos nesse período um percentual de 15% dos imóveis fechados. Se esses imóveis tiverem um foco, ele estará transmitindo, o vírus está circulando”, contou Acácio.
A Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou que Pernambuco registrou, nos últimos quatro meses, um aumento 45,9% nas notificações de casos suspeitos de pessoas com doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. Em Petrolina, desde o início do ano foram registrados 3.232 casos de dengue, 1.792 casos de chikungunya e 258 casos de zika notificados.
Para o programa Nossa Voz, Acacio Andrade expôs que 90% dos casos da doença registrados no município de Petrolina estão localizados no centro urbano. Confira os bairros com mais ocorrências registradas:
A boa notícia é que uma vacina contra chikungunya está em fase de teste. O Butantan anunciou que o estudo, realizado através de parceria com os Estados Unidos, com a participação de 4.115 voluntários, gerou uma imunidade de 96% das pessoas testadas por pelo menos seis meses.