Dor, revolta e luta por justiça: família de personal, Giovanny Diniz, denuncia impunidade e vive sob temor de represálias

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O assassinato do personal trainer Giovanny Diniz Carvalho, ocorrido em outubro do ano passado em frente à sua residência, ainda gera dor e revolta. Pai de três filhos pequenos, Giovanny foi morto a tiros em um crime que, segundo a família, envolve mais do que o principal suspeito, o policial militar Murilo Ribeiro Araújo, de 35 anos, preso no dia seguinte ao crime. Durante entrevista ao programa Nossa Voz desta quarta-feira (10), o irmão da vítima, Giorgenes Diniz, compartilhou as atualizações do caso, cobrou respostas das autoridades e expressou medo de represálias.

“O que a gente espera da Justiça é que peguem os outros envolvidos. Não foi só o Murilo que cometeu esse crime brutal contra o meu irmão. Tem mais gente envolvida. Ele entrou no banco traseiro do carro, que é do pai dele, e queremos que esses outros elementos sejam pegos o mais rápido possível e expliquem tudo o que aconteceu. A sociedade quer saber o que está sendo feito no caso do meu irmão”, afirmou Giorgenes, emocionado.

Embora o principal suspeito tenha sido transferido para uma unidade especializada em Recife, Giorgenes destacou a ausência de medidas administrativas mais severas, como a perda da farda. “Por que ele ainda não foi julgado? Por que não perdeu a farda? É isso que eu cobro da governadora Raquel Lyra. Precisamos de uma resposta para acalmar o coração da nossa família. Não é justo que esse caso fique sem solução”, disse.

Ele também revelou temer por sua segurança: “Tenho medo que eles venham atrás de mim, mas continuo me movimentando. Vou procurar a Justiça, vou correr atrás para que meu irmão tenha justiça.”

Giovanny deixou três filhos pequenos, que ainda lidam com a ausência do pai. “As crianças perguntam pelo pai. Dizem: ‘Meu pai foi buscar minha mãe e até agora não voltou’. Isso é o que mais dói na gente”, desabafou Giorgenes, agradecendo o apoio recebido. “Muitas pessoas nas redes sociais rezam por nós e nos dão força. Mas o mais importante é que o caso não caia no esquecimento. Se depender de mim, isso não vai acontecer.”

Giorgenes também reforçou que a Polícia Militar de Pernambuco, como instituição, é honrada, mas pediu que sejam tomadas medidas rigorosas contra o acusado. “Espero que ele perca a farda e que pague pelo erro que cometeu.”

Giovanny foi lembrado pelo irmão como um homem dedicado e amado por todos. “Meu irmão era o melhor irmão do mundo. Ele perdeu a esposa e estava criando os filhos praticamente sozinho. Era querido por onde passava. Foi morto, não por ciúmes, mas por inveja. Vou lutar até o fim pela justiça”, afirmou.