E agora, Petrolina? O crack continua matando a esperança 

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É flagrante no centro comercial de Petrolina: dezenas de “zumbis”, jovens, homens e mulheres maltrapilhos nos semáforos, em frente a supermercados e lanchonetes, nas lojas, pela orla que dá acesso às barquinhas, na estação rodoviária, próximo ao restaurante popular, esmolando para consumir esse substrato da cocaína, o crack. 

Perto da prefeitura, no centro da cidade, funciona o CAPS, que vem atendendo viciados que estão querendo sair de vez dessa terrível dependência química. E o vício do crack é instantâneo e difícil de tratar, exigindo boa vontade do viciado e empenho da família, que sofre junto. O CAPS precisa urgentemente de um novo local, mais adequado, que proteja a intimidade dos pacientes, bem como possa dar melhor comodidade para os funcionários que ali trabalham, já no limite.

Nesta segunda-feira, 15/07, durante o programa NOSSA VOZ, o ex-comandante da polícia militar em Pernambuco e ex-comandante do 5º BPM, Coronel Lira, hoje na reserva e atuando como psicanalista que vem trabalhando no combate às drogas, antecipou que “a família, principal vítima dessa onda feroz da disseminação do terrível crack, deve estar vigilante às suas crianças e adolescentes, que são alvo predileto dos traficantes”, disse.

Coronel Lira – ex-comandante da polícia militar em Pernambuco e ex-comandante do 5° BPM, hoje na reserva e atuando como psicanalista que vem trabalhando no combate às drogas.

 Na verdade, hoje, Petrolina registra na sua página social dezenas de dependentes químicos, à luz do dia ou no silêncio das madrugadas, muita gente fazendo uso da droga a olho nu, sem nenhum cuidado com a privacidade. “Os usuários do crack perderam a autoestima e ignoram a polícia ou quaisquer medidas de prevenção e restrição ao uso da droga que mais mata e mais produz crimes em todas as classes sociais e modalidades”, atestou Coronel Lira. 

Petrolina paga o preço de seu crescimento econômico e sua explosão demográfica.