Tanto a Embrapa quanto o Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), se efetivaram no semiárido petrolinense como suportes valiosos da pesquisa e desenvolvimento das ideias. A área de sequeiro – ou seca, que é cíclica -, atualmente, é um ambiente com 40 mil moradores.
Alguns já recebem benefícios diretos e de superação deste fenômeno natural que se caracteriza pela escassez de água, como, por exemplo, o carro pipa financiado pelo governo federal, entretanto, outra parte dessa população assiste suas economias de sobrevivência se esvaindo com a água comprada do próprio bolso. Esse atraso é injustificável, na medida que todo bicho nesta caatinga sabe dos 400 milímetros/ano de chuva nesse sequeiro. E existem estudos de armazenamento de água faz tempo.
Na prática, a aplicação desses conhecimentos em armazenamento da água em solo sertanejo, poderia diminuir esse constrangimento dos petrolinenses que pagam por carro-pipa. Com a construção de cisternas, entre outros meios de convivência com esse semiárido castigado e com tantas vozes a reclamar, tornaria possível assegurar a esse agricultor pequeno, que trabalha em regime de economia familiar, não conviver mais com esses sobressaltos humilhantes.
O solo dessa caatinga tem comprovado a viabilidade na produção de tubérculos, hortaliças e frutas quando a água chega com regularidade, mesmo sem a tal tecnologia de armazenamento do líquido tão escasso para essa gente, que divide suas vidas com o suplício da permanente falta de água.
A comunidade científica deste Sertão sanfranciscano tem um histórico invejável de seminários, palestras, aulas práticas, encontros de agricultores com técnicos e dirigentes agrícolas. E as inquietações sociais na caatinga são visíveis em portas de instituições do governo, com pessoas mendigando benefícios e até financiamento oficial. A solução se faz urgente, afinal, a seca vai continuar sendo frequente, entre uma chuva e outra. (Foto: Divulgação/Embrapa)