Eleições municipais 2024 em Pernambuco: TRE apresenta demandas às forças de segurança do Estado

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Principal demandante do período das eleições, o Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) se reuniu com os órgãos de segurança do Estado para traçar as estratégias de trabalho para garantir a integridade física da população, durante as eleições municipais 2024.

O encontro aconteceu na sede do Centro Integrado de Comando e Controle Regional de Pernambuco (Ciods), no bairro de São José, Centro do Recife, e contou com a presença de comandantes e chefes das operativas e da Corregedoria, além de integrantes do Grupo de Trabalho (GT) das Eleições e órgãos convidados.

Dados locais:
Neste ano, os eleitores vão escolher os prefeitos e vereadores dos municípios pernambucanos. O primeiro turno está previsto para acontecer no dia 6 de outubro. Caso haja segundo turno, acontecerá no dia 27 do mesmo mês.

Pernambuco possui 7.157.222 eleitores aptos a votar. Os maiores números estão no Recife (1.219.973), Jaboatão dos Guararapes (487.924), Olinda (300.304), Caruaru (247.055), Petrolina (238.607) e Paulista (235.231).

A principal agente de segurança das eleições, Polícia Federal, vai contar com auxílio dos órgãos que cuidam do Estado de Pernambuco, como as polícias Civil e Militar, além da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros.

Alessandro Carvalho, secretário de Defesa Social de Pernambuco, apontou que todos os órgãos e operativas de segurança do Estado vão ficar à disposição do TRE-PE.

“Teremos a confirmação dos candidatos, até 5 de agosto. Com isso, começaremos a analisar qual será o efetivo suficiente para cada cidade. É um processo dinâmico e a situação pode se atenuar ou se agravar. À medida que isso for acontecendo, nós faremos os ajustes necessários. Temos expertise e faremos, mais uma vez, uma eleição segura em Pernambuco”, prometeu.

Por enquanto, o secretário não se arriscou a falar em quantidade de efetivo. Para isto, segundo ele, vai depender da quantidade de locais de votação e dos candidatos em cada cidade.

“É algo que a gente pode definir, num determinado momento inicial, e, depois, haja uma realteração que justifique reduzir ou aumentar o efetivo”, argumentou.

Os crimes mais cometidos nesse período, de acordo com Alessandro, são abuso de poder econômico e não cumprimento de regras. Nesses casos, a polícia vai agir em situações de flagrante ou ante determinação da Justiça Eleitoral.

O diretor geral do TRE-PE, Orson Lemos, acredita que, mesmo sendo mais acirrado o pleito de 2024, os resultados serão divulgados com mais agilidade, contrariando o que aconteceu em 2020, devido à uma falha no supercomputador do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

“Sempre buscamos mais agilidade nas apurações. Antigamente, o resultado era dado após a meia-noite. Reconheço que houve um problema técnico nas eleições [municipais] de 2020, por parte do TSE, que já consertou. Por isso que fizemos uma eleição rápida em 2022. Pretendemos fazer melhor para 2024”, explicou.

Segundo Lemos, o tribunal apresentou, durante a reunião, as datas e o numero de juízes que serão empregados durante o processo, subsidiando para que os órgãos possam fazer o levantamento suficiente e, assim, definir o quantitativo do efetivo.

Compartilhamento de notícias falsas vai ser combatido
Ele também ressaltou, durante a entrevista, que a população precisa ter cuidado com a propagação de notícias falsas, sem a devida checagem, que podem atrapalhar, veementemente, o processo eleitoral.

A prática também pode ser caracterizada como “pesquisa falsa” e o compartilhamento pode resultar em multa de até R$ 53 mil.

“É uma mentira que se tenta passar como verdade, e o eleitor tem o hábito de querer compartilhar tudo que vê, assim que abre. Aconselhamos a checagem por meio do Fato ou Boato, da Justiça Eleitoral. É um sistema de verificação a veracidade da notícia espalhada”, acrescentou.

Continuam proibidas, durante as eleições, práticas como boca de urna, tentar induzir outras pessoas a votarem em candidatos, pintar muros com propagandas políticas, carros de som com divulgações de políticos. As carreatas oficiais são dos partidos, e não por parte dos eleitores.

(Com informações: Folha PE) ( Foto: Walli Fontenele/Folha de Pernambuco)