Seguindo orientações do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a Eletrobras Chesf iniciou, nesta quinta-feira (31), a redução da vazão de saída no reservatório da Usina Hidrelétrica de Sobradinho, localizada na Bahia. A medida altera o fluxo atual, que passava de 1.000 metros cúbicos por segundo, para 850 m³/s, numa tentativa de ajustar o uso dos recursos hídricos diante da capacidade atual do reservatório, que está em 41,26%, conforme apurado em 30 de outubro.
A decisão de reduzir a vazão é parte das ações de otimização do Sistema Interligado Nacional (SIN), coordenadas pelo ONS, que monitora as condições hidrológicas e a necessidade de energia em todo o país. “A situação hidrológica é permanentemente avaliada, podendo haver alterações nos valores a depender da necessidade de atendimento ao SIN”, informou a Eletrobras Chesf em comunicado, destacando que novas reduções ou aumentos de vazão poderão ocorrer em caso de mudanças na demanda energética ou de novos fatores climáticos.
A medida visa gerenciar a água do reservatório de Sobradinho, um dos principais para o sistema de geração e distribuição de energia do Nordeste. Durante os períodos de estiagem, o controle da vazão é crucial para manter o equilíbrio entre o uso sustentável do recurso hídrico e a garantia de abastecimento energético. O monitoramento é contínuo e atende à regulamentação vigente, além de coordenar o uso das águas com outras regiões, evitando sobrecarregar o sistema de forma desnecessária.
Comunicação e orientação à população
A Chesf orienta os moradores das regiões ribeirinhas e os usuários da água do São Francisco sobre a possibilidade de alterações na vazão, que serão previamente comunicadas. A empresa disponibilizou um serviço de alerta por SMS para aqueles que desejam acompanhar os níveis do reservatório e eventuais mudanças. Para receber as notificações, basta enviar a palavra “SOBRADINHO” para o número 27569.
Esse acompanhamento é especialmente importante para as comunidades que dependem do São Francisco para atividades agrícolas, de pesca e consumo. Com a redução da vazão, é possível que algumas localidades experimentem mudanças no nível do rio, o que poderá afetar a rotina das populações que utilizam suas águas para sustento e abastecimento.
Em nota, a Chesf afirmou que “o monitoramento da situação hidrológica é constante e, em caso de novas determinações do ONS, informaremos a população de forma rápida e transparente”.
