Ontem (06), na Câmara de Petrolina, integrantes da Secretaria Municipal de Saúde participaram de uma audiência pública para apresentação do 1º e 2º relatórios detalhados quadrimestrais, o que correspondeu a uma prestação de contas de oito meses das ações realizadas pela pasta. Ao final da apresentação dos dados, a secretária de saúde, Magnilde Albuquerque se disponibilizou a responder os questionamentos feitos pelos vereadores.
Entre eles o do vereador Gilmar Santos que cobrou mais transparência da gestão e apontou discrepâncias em algumas informações presentes no relatório. “Algumas questões nos intrigam bastante. Por exemplo, quando a gente observa aqui os procedimentos do primeiro quadrimestre, em relação à fisioterapia, nós temos procedimentos agendados 260 e de realizados 260. Quando nós vamos para o segundo quadrimestre, temos 461 procedimentos agendados e 2.563 realizados. Houve um aumento aí de 1000% e são coisas estranhas que a gente quer compreender. Quando vamos para os procedimentos cirúrgicos, no primeiro quadrimestre foram realizados 31, só que no segundo quadrimestre, tivemos apenas cinco. Em quatro meses a população teve direito a apenas cinco procedimentos cirúrgicos. E aí nós poderíamos analisar uma série de outras questões referente a essa relação do acordo de cooperação entre a prefeitura e as clínicas que mais uma vez repito, é uma coisa obscura”.
Ao ultrapassar o tempo de 10 minutos, o oposicionista foi alertado pelo presidente da mesa em exercício, Manoel da Acosap, mas não gostou de ser interrompido e rebateu, cobrando mais espaço para os questionamentos relativos a oito meses de gestão da saúde municipal, mas não foi atendido.
Após ouvir as pontuações dos vereadores, a secretária Magnilde Albuquerque respondeu um a um, detalhando os procedimentos identificados como discrepantes por Gilmar. “Quando o senhor fala que no primeiro quadrimestre foram agendados 260 e foram feitos 260 e no segundo quadrimestre foram agendados 461 e realizados 2563, é preciso a gente entender uma coisa. Estamos falando de fisioterapia, então a gente agenda, mas cada paciente desse tem um número de sessões, ele não vai só uma vez. O agendamento é uma coisa e o atendimento é outra. Então talvez isso não esteja claro no relatório”, ponderou.
A apresentação dos relatórios quadrimestrais na Câmara de Municipal de Petrolina atende à Lei de Responsabilidade Fiscal e a Lei Complementar nº 141/2012.