Em ato em Copacabana, Bolsonaro pede anistia para condenados do 8/1

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Apoiadores de Jair Bolsonaro participaram de um ato em Copacabana, Zona Sul do Rio, na manhã deste domingo (16), convocado pelo ex-presidente. A manifestação pediu a anistia dos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro em Brasília, o maior ataque às instituições da República desde que o Brasil voltou a ser uma democracia.

Além do ex-presidente, participaram do ato o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, o de São Paulo, Tarcísio Freitas, o de Santa Catarina , Jorginho Mello, e o de Mato Grosso, Mauro Mendes.

Também estão presentes os senadores Flávio Bolsonaro e Magno Malta, o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, a vice-presidente do PL, Priscila Costa, o deputado federal Nicolas Ferreira, o pastor Silas Malafaia, coordenador do evento, entre outros.

Por volta das 11h30, o ex-presidente Bolsonaro começou a discursar e pediu anistia para os presos pelos atos golpistas, criticou a gestão do presidente Lula, fazendo comparações com o seu governo.

“Eu jamais esperava um dia estar lutando por anistia de pessoas de bem, de pessoas que não cometeram nenhum ato de maldade, que não tinham intenção, e nem poder pra fazer aquilo que estão sendo acusados”, disse o ex-presidente. Ele mencionou o nome de algumas das mulheres condenadas e questionou os crimes imputados a elas. “Quem foi a liderança dessas pessoas? Não tiveram. Foram atraídas pra uma armadilha.”

Em discurso, o governador Cláudio Castro afirmou que “esse governo que tá aí tem usado pessoas inocentes presas como forma de deixar militância unida”. Ele se voltou aos manifestantes e perguntou quem era do Rio de Janeiro e quem tinha ido de graça até ali. “Presidente, esse povo veio de graça para pedir anistia já. O Rio de Janeiro clama ao Brasil: “anistia, anistia!”

O governador de São Paulo também pediu anistia. “A gente tá aqui no dia de hoje pra lutar pela liberdade”, disse Tarcísio de Freitas. “A gente está aqui pra exigir a anistia daqueles inocentes que receberam penas desarrazoadas.” Ele citou alguns dos nomes dos condenados e disse que eles nada fizeram. “Nós vamos garantir que esse projeto seja pautado, seja aprovado. E quero ver quem vai ter coragem de se opor.”

A manifestação interditou o trecho da Avenida Atlântica entre as ruas Barão de Ipanema e Xavier da Silveira.

O protesto aconteceu uma semana antes de o Supremo Tribunal Federal julgar denúncia da Procuradoria-Geral da República que pode tornar Bolsonaro réu.

Fonte: G1