Em confraternização realizada nesta quinta-feira (04) com profissionais da imprensa do Vale do São Francisco, o prefeito de Petrolina, Simão Durando, apresentou um panorama das ações planejadas para os próximos anos e voltou a cobrar soluções definitivas para o abastecimento de água na cidade. O evento contou com a presença do ex-prefeito Miguel Coelho, do ex-senador Fernando Bezerra Coelho, do deputado federal Fernando Filho e do deputado estadual Antônio Coelho.
Durante a coletiva, Simão reafirmou que seu compromisso central continua sendo “servir a população de Petrolina”. Segundo ele, o município vive um momento decisivo, com investimentos históricos em andamento.
“Estou nas ruas escutando a população. Esse é meu compromisso. Já alcançamos muito, mas agora é o momento de confirmar esse maior investimento da história nos últimos 130 anos: 800 milhões de reais”, afirmou.
O prefeito destacou que 99,9% desse montante será aplicado em áreas mais vulneráveis, como periferias, zona ribeirinha, zona irrigada e comunidades de sequeiro. Simão também informou que, ainda nesta tarde, assina com a Caixa Econômica Federal o novo pacote de R$ 170 milhões.
Mudanças no secretariado e execução imediata de obras
Questionado sobre ajustes na equipe, Simão afirmou que as alterações necessárias já foram feitas, como nas pastas de Desenvolvimento Social e Segurança Pública.
“Agora é hora de seguir em frente. Petrolina tem pressa. Vamos iniciar, já no começo do ano que vem, a execução dos investimentos apresentados hoje”, disse.
Saúde: novas UBSs, maternidade e Hospital de Olhos
O prefeito confirmou que sete licitações para construção de novas Unidades Básicas de Saúde já foram lançadas e que novos investimentos na área serão anunciados no pacote apresentado nesta quarta-feira. Ele também destacou a construção da maternidade municipal e do Hospital de Olhos da Fundação Altino Ventura, cuja obra — segundo ele — começa no fim de janeiro.
“É uma obra importantíssima. Muitos não acreditavam que esse sonho ia se realizar. Ele vai atender Petrolina e todo o Vale do São Francisco”, reforçou.
A obra tem previsão de 14 meses, com primeira etapa de atendimentos iniciando em 2027.
Transporte público: reconhecimento das dificuldades
Sobre o transporte coletivo, Simão admitiu falhas, mas ressaltou que a gestão tem buscado soluções.
“A gente sabe das dificuldades, mas vamos atacar esses desafios. Petrolina não pode esperar”, declarou.
Natal Luz, Réveillon e Carnaval
Simão falou também sobre o calendário de eventos. Destacou o papel do Natal Luz no fortalecimento da economia, confirmou sua presença tradicional na virada de ano na Orla e antecipou que o Carnaval de 2026 já está sendo estruturado.
“O carnaval de Petrolina virou um carnaval muito familiar. Vamos preservar isso e anunciar a programação no começo do ano”, afirmou.
Abastecimento de água: críticas à Compesa e defesa da concessão
Em um dos pontos mais enfáticos da coletiva, o prefeito reiterou que o abastecimento de água é hoje o maior problema enfrentado pela população. “É um serviço desumano o que a Compesa vem prestando. Petrolina arrecada R$ 12 milhões por mês e esse dinheiro não fica na cidade”, afirmou.
Ele disse esperar que o novo modelo de concessão anunciado pelo Governo do Estado seja implementado ainda em dezembro.“ Quero que resolva. Se é pela concessão, vamos ajudar. O que não pode é continuar assim. Se a população está passando sede, eu estou passando sede.”
Simão reforçou que esgotamento sanitário e abastecimento de água são responsabilidades diretas da Compesa, e que cabe ao Estado solucionar o problema.
Nova fase da antiga Companhia Municipal de Saneamento
Sobre o envio de mensagem à Câmara referentes à antiga Companhia de Águas, o prefeito explicou que, diante da concessão estadual, a estrutura municipal será redirecionada.
“Ela vai atrás de investidores, vai atrair empresas para Petrolina. É geração de emprego, de oportunidades. Eu queria assumir água e esgoto, mas não fazia sentido manter a companhia com a concessão em andamento”, disse.
Segundo ele, o novo formato permitirá acelerar projetos de desenvolvimento econômico, mantendo a estrutura já existente.



