O Programa Nossa Voz trouxe com exclusividade, nesta quarta-feira (17), uma entrevista com a prefeita de Caruaru, Raquel Lyra, que é um dos nomes mais cotados para a candidatura ao Governo de Pernambuco. Ela falou sobre as movimentações da oposição voltadas ao pleito nas eleições do ano que vem.
Raquel avaliou como o movimento “Levanta Pernambuco”, que reúne quatro partidos de oposição ao PSB tem se comportado nas diversas regiões do Estado. “Eu, como presidente estadual do PSDB, o prefeito de Jaboatão, Anderson Ferreira, do PL, o deputado federal Daniel Coelho, do Cidadania e o deputado André Ferreira, do PSC nos reunimos representando estes quatro partidos em oposição a este governo de atraso que está atualmente em Pernambuco. Temos andando pelas microrregiões de desenvolvimento e somado muitas lideranças políticas, pessoas do setor da Economia, enfim, realizando um amplo debate sobre Pernambuco, ouvindo as dores da população. Até dezembro nós percorreremos outras regiões do Estado”, afirmou.
Lyra classificou ainda o atual governo do PSB como o pior da história de Pernambuco, e que o estado precisa de um futuro sem marasmo. “Nós estamos diante do pior governo que Pernambuco já teve. E isso não sou eu quem estou dizendo, é a população, sou eu como prefeita e também como cidadã que vejo o atraso em todos os âmbitos. A malha viária, por exemplo, tira o direito fundamental do ir e vir das pessoas, em razão da enorme buraqueira. Algumas estradas precisam ser completamente refeitas. Esse problema influencia em setores como segurança e saúde, que precisam de agilidade, até o escoamento de produtos, influenciando na economia”, pontuou.
A prefeita de Caruaru teceu ainda críticas ao Plano Retomada, anunciado pelo Governo do Estado. “Eu espero que este plano possa ser executado, muito embora esteja muito atrasado. Infelizmente, muitas coisas que são anunciadas são ainda para lançamento de edital, elaboração de projeto, para depois o lançamento de ordem de serviço. Muito do que está sendo anunciado não irá acontecer agora, então, continuaremos no atraso em diversas áreas”, disse.
Questionada sobre a opinião acerca das microrregiões de saneamento e municipalização dos serviços de água e esgoto instauradas pelo Executivo estadual, Raquel foi contundente. “O grande representante da ausência do Estado, que tem prestado um grande desserviço à população chama-se Compesa. Aqui em Caruaru, por exemplo, não temos acesso à água, passamos por rodízio e a parte de cima da cidade, passa praticamente de seis meses a um ano sem água porque não há pressão suficiente para ela chegar a estes locais. Aí a Compesa vem de forma apressada e impõe a nós estas microrregiões, coloca nossa cidade numa microrregião com mais de 130 municípios e não explicita a razão técnica para isso. Sei que ocorre isso em Petrolina também. Já fizemos inúmeras solicitações através da Lei de Informação e até agora não tivemos retorno. Nós fizemos um grupo interno de trabalho para tentar entender a lógica dessas microrregiões e assim tomarmos alguma providência”, destacou.