A busca por um tratamento eficaz contra o novo coronavírus tem dividido opiniões e causado a resistência de parte da comunidade científica em institucionalizar o uso da cloroquina em pacientes internados em enfermarias. Esse teria sido inclusive a causa do pedido de demissão do ex-ministro da saúde, Nelson Teich, oficializado na última sexta-feira (15).
Nos dias seguintes, um médico agitou os debates no Vale do São Francisco sobre o uso da cloroquina. Em suas redes sociais, dr. Jânio Ângelo Modesto, clínico geral, revelou ter descoberto a fórmula da medicação que associada a outros elementos seria a cura para a Covid 19.
Em meio a essa polêmica, durante coletiva na manhã desta segunda-feira (18) o Nossa Voz questionou a secretária de saúde de Juazeiro, Fabíola Ribeiro, se no município a cloroquina estava sendo utilizada no tratamento da doença e qual seria a opinião da gestora da pasta que também é médica.
Em resposta, Fabíola defendeu que não há embasamento cientifico suficiente para adoção dessa medicação. “Quando a gente fala de uma cidade com 220 mil habitantes, a gente tem que estar baseado em alguma coisa que tenha sustentabilidade científica. Então o que nós temos conversado em relação a isso é que não tem sustentabilidade cientifica, a hidroxicloroquina, a ivermectina, a azitromicina. Acho que cada caso é um caso, os pacientes são únicos, não tem como fazer um tratamento universal. Estou acompanhando sim todo esse movimento que está acontecendo, em Floriano, no Piauí, todos os vídeos que estão sendo feitos, mas a gente está falando aqui da utilização e da orientação para o número maior de pessoas e eu não tenho como fazer isso de uma forma empírica e não baseada em evidência”, sustentou.
