A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares encaminhou uma nota à redação do Nossa Voz elencandos os motivos pelos quais não foi possível operacionalizar o funcionamento dos 40 respiradores cedidos pelo Governo de Pernambuco. De acordo com a estatal, seriam necessárias várias ações que englobariam reforma de estrutura física da unidade, contratação de profissionais e insumos para garantir o atendimento nos novos leitos instalados. Acompanhe na íntegra:
A Ebserh esclarece que participa do esforço nacional de combate ao Covid em todo o território nacional por meio de Planos de Contingência locais. Em Petrolina (PE) foram abertos 20 novos leitos de UTI para atender demandas da Secretaria de Saúde local. Todos se encontram em plena operação. Até o momento, não ocorreu saturação ou superlotação desses leitos, que estão com uma média de 50% de ocupação.
Esse esforço contou com investimentos de cerca de R$ 3,6 milhões, o que tornou o HU-Univasf referência no combate à Covid-19 na região. Somente em pessoal, foram contratados 171 profissionais a mais para o esforço Covid sendo 14 médicos, 25 enfermeiros, 89 técnicos em enfermagem, entre outros. Todos os meses são investidos mais de R$ 500 mil reais nesse item para o combate à doença.
Sobre a operacionalização dos respiradores cedidos pelo Governo do Estado à Univasf, a Ebserh informa que a abertura de novos leitos depende de diversas ações interdependentes que incluem readequações de espaços físicos, aquisição de equipamentos, contratação de profissionais de saúde, a definição dos responsáveis pelos investimentos, aquisição de insumos, EPI’s, dentre outros. A falta de uma delas pode inviabilizar as demais.
Dentro desse contexto, destacando que o recebimento desses equipamentos não estava previamente combinado com a estatal no acordo feito entre a Reitoria da Univasf e a Secretaria de Saúde do Estado de PE, a Ebserh informou a impossibilidade de receber os itens. Essa avaliação leva em conta a definição dos responsáveis por cada etapa, a necessidade de adequações estruturais na unidade e a atual ocupação dos leitos de UTI do hospital.
Em nenhum momento a Ebserh foi consultada sobre a conveniência, a oportunidade ou a necessidade da cessão dos respiradores.
Em consonância com o exposto e no sentido de continuar apoiando o esforço de combate à pandemia, a administração central da Ebserh solicitou ao HU-Univasf um Estudo de Viabilidade Técnica e Econômica (EVTE) para instalação de mais dez leitos de UTI, onde todos os aspectos necessários e obrigatórios para seu pleno funcionamento devem ser observados. Numa análise preliminar, verificou-se que essa nova abertura de leitos demandará um prazo superior a 60 dias, uma vez que serão necessárias obras de engenharia e aquisições de insumos complementares.
Ressalte-se ainda a existência na cidade de Petrolina de um hospital de campanha do Estado de PE, com capacidade para 100 leitos e com plenas condições de receber respiradores para ativação das respectivas UTIs.