O anúncio da saída de Luiz Henrique Mandetta do Ministério da Saúde, nesta quinta-feira (16), repercutiu entre políticos e representantes da área de saúde no estado. O governador Paulo Câmara (PSB) se posicionou no seu perfil no Instagram. “Com preocupação recebo a notícia da mudança no Ministério da Saúde, neste momento tão drástico. O Brasil precisa de estabilidade e unidade, vamos seguir nesta busca, Espero que as decisões, no Governo Federal, sejam orientadas pelo que defendem os organismos internacionais e a ciência. Tendo a vida humana como prioridade máxima”, disse o gestor.
O prefeito do Recife (PSB), Geraldo Julio, também reagiu ao anúncio da demissão de Mandetta pelo presidente Jair Bolsonaro. “A mudança de um ministro da Saúde em plena pandemia mostra a fragilidade com que o Brasil está enfrentando o maior desafio que já vivemos. Espero que as decisões no país sejam baseadas na ciência e nas orientações da OMS.”
Na mesma linha seguiu o secretário estadual de Saúde, André Longo. “Lamento pela descontinuidade em um momento tão difícil para a saúde pública brasileira. Perdemos gente qualificada tecnicamente e esperamos que o perfil técnico seja mantido. O momento exige união nacional. É muito complicado que se faça, diante desse cenário, dois tipos de discurso. É preciso adotar uma linha, e a linha precisa ser técnica para que a gente não brinque com a vida das pessoas”.
O secretário de Saúde do Recife, Jailson Correia, por sua vez, foi ainda mais crítico ao falar sobre a saída do ex-ministro. “Lamento profundamente a troca de comando no Ministério da Saúde em um momento em que o Ministério da Saúde vinha fazendo um trabalho com imensa responsabilidade e ciência da gravidade do momento que passamos historicamente. Aguardamos ansiosos pelos próximos passos do ministro em relação à montagem de sua equipe”.
Ele disse, ainda, “não se admite amadorismo em um momento em que o mundo inteiro está lidando com este, que é o maior desafio da nossa era. Esperamos que a condução do Ministério da Saúde se paute pela técnica, pela ciência e que possamos então, enfim, ter um discurso que esteja pautado pela ciência e pela técnica. Estamos muito preocupados para saber que concessões a equipe que vai assumir vai fazer. Se a um discurso fácil, que é o discurso das soluções fáceis, das soluções que resolvem tudo, do vírus que está indo embora, da gripezinha. Esse discurso fácil, esse amadorismo não cabe no enfrentamento de uma situação tão grave como a que vivemos hoje. Torcemos para que a equipe siga firme na condução técnica das ações do MS”.
O deputado federal Augusto Coutinho (SD) também se posicionou contrário a demissão de Mandetta. “A saída de Luiz Henrique Mandetta do comando do Ministério da Saúde é uma perda que, como brasileiro, lamento profundamente. Mandetta vinha desempenhando um trabalho responsável neste momento de caos e incertezas que vivemos e esta troca de comando no Ministério da Saúde, neste momento, nos deixa alarmados. A luta contra o novo coronavírus não deve ser politizada. É um enfrentamento que precisa ser feito por todas as esferas políticas, governos federal, estaduais e municipais, sempre colocando a vida do cidadão em primeiro lugar. Ao novo ministro da Saúde desejo sorte. Enquanto parlamentar, e um dos coordenadores da bancada de Pernambuco, sigo meu trabalho em votações que contribuam de maneira efetivas, tanto para o Brasil, quanto para os pernambucanos, na minimização dos impactos negativos desta pandemia”.
Em seu perfil no Instagram, o deputado federal João Campos (PSB) questionou: “Que capitão mudaria o líder de sua tropa em meio a uma guerra (crise) mundial?” (DP)