Em resposta à ameaça de intervenção, Aneel cita falta de pessoal e corte no orçamento

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A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) apontou a falta de servidores como um dos maiores desafios enfrentados pela instituição ao responder à pressão do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que pediu maior celeridade na análise de processos do governo.

Na semana passada, Silveira enviou um ofício à agência e ameaçou intervir na diretoria caso persistisse nos atrasos dos julgamentos de pedidos.

Em nota enviada à imprensa nesta segunda-feira (26), a agência, responsável por regular o setor elétrico no Brasil, afirma que opera atualmente com um “déficit crônico” de 30% do pessoal, que compromete sua capacidade de cumprir suas funções, problema que, segundo o órgão, se arrasta desde 2004.

Segundo o texto, o último concurso público realizado em 2010, e as 40 vagas preenchidas recentemente, não foram suficientes para suprir a carência de 248 servidores. “O déficit de pessoal é crônico e o último concurso, realizado em 2010, não atende à defasagem atual”, enfatizou a agência.

A evasão de servidores é outro problema grave destacado no ofício. De acordo com o texto, nos últimos anos, a Aneel perdeu 92 funcionários, sendo 16 apenas em 2024, o maior número desde sua criação. Além disso, 35 servidores foram cedidos a outros órgãos da administração pública, o que agrava ainda mais a situação.

Fonte: CNN Brasil