A empresa W.A. Viagens, que oferecia pacotes de intercâmbio para estudantes, fechou as portas em Petrolina e região, deixando dezenas de pessoas lesadas.
Os consumidores relatam que investiram entre R$ 6 mil e R$ 20 mil em pacotes que não foram realizados. A empresa alega que irá decretar falência, mas os estudantes temem não receber o dinheiro de volta.
A advogada Mariana Martins, que foi uma das vítimas, afirma que a prática era comum e já estavam planejando aplicar o golpe. “Existe a possibilidade de ter havido uma articulação para pegar dinheiro das pessoas sabendo que o serviço não seria prestado”, disse.
Os estudantes que foram lesados relatam que a empresa começou a cobrar antecipadamente as mensalidades mesmo com eles estando em dia.
O advogado criminalista Sátiro de Castro, que também representa os estudantes, já iniciou uma investigação sobre o caso. “Vamos levar as vítimas, documentos e contratos à polícia para apurar o caso”, afirmou.
Por meio de nota publicada em suas redes sociais, a empresa alega que irá decretar falência devido à pandemia do coronavírus e à guerra na Ucrânia. O empresário responsável pela W.A. Viagens, que não teve o nome revelado, não foi localizado para comentar o caso.
Segundo o advogado José Diego, que também faz parte da defesa das vítimas, contou que “A empresa W.A. Viagens emitiu uma nota no dia 23 de novembro informando que iria solicitar a decretação de falência. No entanto, esse pedido ainda não foi feito e os consumidores já vêm enfrentando essa situação desde 2020”.
Segundo o Código de Defesa do Consumidor, o fornecedor responde solidariamente e objetivamente pelos danos causados aos consumidores. Isso significa que, independentemente de culpa, o fornecedor é responsável por todas as consequências negativas causadas pelo produto ou serviço que ele oferece.
No caso da empresa W.A. Viagens, os consumidores investiram entre R$ 6 mil e R$ 20 mil em pacotes de intercâmbio que não foram realizados. Esses consumidores têm o direito de receber o reembolso dos valores investidos, além de indenização por danos morais.
É importante que os consumidores que foram lesados procurem um advogado o mais rápido possível. Isso porque, caso a empresa seja decretada falida, o processo de recuperação de crédito pode ser mais complexo e demorado.
“Eu já tinha pago todo o pacote e estava esperando o embarque para o Canadá, que estava marcado para 2024. Mas, no dia 23 de novembro, a empresa emitiu uma nota informando que iria decretar falência”, disse Mariana.
A estudante afirma que está decepcionada e com medo de não receber o dinheiro de volta. “É um sonho que foi interrompido”, disse.
Os advogados que representam as vítimas orientam que os consumidores que foram lesados procurem um advogado o mais rápido possível. Isso porque, caso a empresa seja decretada falida, o processo de recuperação de crédito pode ser mais complexo e demorado.
O caso está sendo investigado pela Polícia Civil de Pernambuco.