Enfermeira sanitarista do HU de Petrolina faz balanço dos acidentes com motos, bicicletas e carros: “46,6% dos acidentes acontecem aos finais de semana”

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(Foto: Iara Bispo)

Nesta quarta-feira (28), o programa Painel 100,7 conversou com a enfermeira sanitarista, Giselle Félix, na oportunidade a profissional de saúde esclareceu sobre o levantamento mensal de dados com relação às notificações de vítimas envolvidas em acidentes de trânsito que são atendidas no Hospital Universitário de Petrolina (PE). Esse balanço faz referência às festas de final de ano.

Até novembro deste ano, mais de 8 mil vítimas de acidentes de trânsito foram atendidas no Hospital Universitário da Univasf de Petrolina (PE), com base nas notificações realizadas pela equipe de Vigilância em Saúde do hospital. Destas, 5.859 estavam utilizando motocicleta no momento do acidente.

Além da motocicleta, outro meio de locomoção que tem apresentado elevados registros relacionados aos acidentes são as bicicletas, com números superiores aos de carros envolvidos. Em relação aos fatores associados, constata-se, na maioria das vezes, a ausência do capacete de proteção, ausência de habilitação, uso de bebida alcoólica pelo condutor e excesso de velocidade.
O domingo ainda tem sido o dia da semana com maior número de ocorrências, e o tombamento/capotamento a principal natureza do acidente, seguido por colisão.

Mais de 70% dos acidentados são do sexo masculino e a faixa etária predominante é de 20 a 39 anos, o que representa mais expressivamente a população economicamente ativa. Os impactos para as suas vidas e dos seus familiares são inúmeros, tendo em vista que muitos pacientes não conseguem retornar às atividades habituais imediatamente.

Os pacientes que sofrem diversos traumas nestes acidentes podem adquirir sequelas, necessitando de internação hospitalar, tratamento fisioterapêutico e suporte da equipe multiprofissional. Nos casos em que há lesões mais graves como traumatismos cranianos ou medulares, os pacientes podem ficar paraplégicos ou tetraplégicos, entre outras condições irreversíveis para os movimentos do corpo. Neste sentido, o processo de reabilitação é iniciado dentro do contexto hospitalar e continua após a alta médica, podendo ser temporário ou permanente, a depender das sequelas apresentadas.

Esse levantamento são dados do boletim mensal da Unidade de Saúde.