Escritor pernambucano publica manifesto no 7 de Setembro pedindo “um Brasil de volta”

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No feriado da Independência, celebrado neste sábado (7), o escritor e membro da Academia Pernambucana de Letras, Angelo Castelo Branco, divulgou um manifesto intitulado “Clamor pelo Brasil”. No texto, ele defende valores de liberdade política, individual e econômica, além de criticar a corrupção e a censura no país.

Castelo Branco inicia o documento afirmando que a data não é apenas histórica, mas também um chamado atual e urgente: “Quero meu país de volta. Quero o Brasil pelo qual tantos lutaram, um país onde cada cidadão possa dizer o que pensa sem medo de prisão, de perseguição ou de censura”.

O escritor destaca que, na visão dele, o Brasil deve ser um país de “liberdade plena”, sem interferência excessiva do governo na vida privada dos cidadãos. Ele também reforça a defesa de valores como honestidade, diversidade, igualdade e respeito às diferenças.

Segundo o manifesto, o ideal é um país em que não haja divisão entre maioria e minoria, mas “cidadania plena e absoluta”, com reconhecimento da dignidade de cada brasileiro.

Outro ponto levantado por Castelo Branco é o desejo de que o Brasil mantenha relações internacionais alinhadas com democracias que consideram a liberdade um valor inegociável. “Um Brasil que respire justiça, verdade e respeito, que inspire orgulho em seus filhos e netos”, escreveu.

O texto encerra com um apelo: “Neste 7 de Setembro, mais do que comemorar a independência, é preciso reafirmar um compromisso: lutar por um Brasil decente, correto, honesto, sem ódio e sem medo”.

Contexto

Tradicionalmente, o 7 de Setembro é marcado por desfiles cívico-militares e atos políticos em diversas cidades do país. Nos últimos anos, a data também tem sido palco de manifestações com pautas divergentes, que vão desde defesa da democracia até críticas ao governo federal.

Texto na Íntegra

Manifesto

Por Angelo Castelo Branco

Neste 7 de Setembro, data que simboliza a independência e a afirmação da nossa nação, ecoa um grito que não é apenas histórico, mas atual e urgente: quero meu país de volta. Quero o Brasil pelo qual tantos lutaram, um país onde cada cidadão possa dizer o que pensa sem medo de prisão, de perseguição ou de censura.

Quero um país de liberdade plena — liberdade política, liberdade individual e liberdade econômica. Quero um Brasil em que o governo não se intrometa na vida privada das pessoas, não invada suas casas, suas escolhas, seus sonhos. Quero um governo honesto e decente, sem espaço para corruptos, sem compra de votos, sem manobras que silenciem a democracia.

Quero um país que também respeite a opção de cada pessoa — seu credo religioso, sua cor de pele, sua profissão, suas escolhas de vida. Um Brasil em que a diversidade não seja motivo de divisão, mas de força e unidade.

Quero ainda um país em que não haja nem minoria nem maioria, mas cidadania plena e absoluta, onde cada brasileiro seja reconhecido como igual em dignidade e direitos. Um país onde as pessoas se respeitem, e onde até os contrários saibam conviver na diferença com civilidade e grandeza.

Quero um país que abra portas e janelas para o mundo democrático, que caminhe de mãos dadas com as nações que praticam a liberdade como valor inegociável. Um Brasil que respire justiça, verdade e respeito, que inspire orgulho em seus filhos e netos, um país em que possamos educá-los sem medo, sem receios, confiantes no futuro.

Neste 7 de Setembro, mais do que comemorar a independência, é preciso reafirmar um compromisso: lutar por um Brasil decente, correto, honesto, sem ódio e sem medo.