“Está na hora de criarmos alternativas para os veículos de tração animal de Petrolina”, defende vereador César Durando

0
Foto: Karine Paixão/ Nossa Voz

O Programa Nossa Voz desta sexta-feira (17) trouxe um importante debate sobre as leis existentes para a conduta de transporte de tração animal na cidade. As carroças aparecem de forma recorrente em diversos bairros da periferia da zona urbana e consistem em riscos ao trânsito, além dos maus tratos aos animais. O vereador César Durando, autor de projetos de lei que visam criar alternativas de controle e mobilidade destes animais e o coordenador de educação do trânsito do município, Jilmar Barros, trouxeram informações enriquecedoras sobre o assunto.

De acordo com César Durando, há dois projetos de lei tramitando na Câmara de Vereadores Plínio Amorim que visam reduzir gradativamente a presença de animais em veículos de tração. “Tivemos uma grande alegria de conseguir criar este ano uma comissão permanente em defesa da causa animal e tenho dois projetos tramitando na Câmara, com o objetivo buscar alternativas aos animais que são utilizados para a tração, pensando no bem estar deste bichinho, além do programa Cavalo de Lata, para substituir os animais por bicicletas, motos, enfim, veículos em que o ser não fique sobrecarregado. Não justifica uma cidade tão avançada como Petrolina ainda ter este tanto de carroça circulando na zona urbana, precisamos avançar nas políticas públicas e na fiscalização”, defende César.

Sobre a fiscalização, o coordenador de educação no trânsito, Jilmar Barros, esclareceu que há dificuldades para colocá-la em prática. “A fiscalização dos veículos de tração animal é prevista na legislação de trânsito, inclusive com habilitação para carroceiros. Porém, duvido muito que algum carroceiro tenha esta habilitação ou saiba que precisa. Para cobrarmos, seria necessário iniciar por um cadastro geral. temos planejado retomar algumas atividades como um trabalho já feito pela AMMPLA anteriormente com cerca de 400 carroceiros, mostrando quais as regras de circulação, o que pode e o que não pode fazer”, explica.

A expectativa é que, com a aprovação dos projetos de lei, a situação possa ser regulamentada de forma prática. “muitos carroceiros não conhecem as regras, não sabem que existem leis que precisam ser cumpridas. Penso que faltam campanhas de conscientização, além de discussões amplas com órgãos de trânsito, sociais, de saúde, enfim, algo maior”, opina.