O diretor da Compesa detalhou em entrevista ao programa Nossa Voz obras de expansão e modernização do sistema de abastecimento, com investimentos de R$ 58 milhões, incluindo novas adutoras, estações de tratamento e melhorias em bairros como Novo Tempo, João de Deus e Izacolândia.
Nesta terça-feira (19), em entrevista ao programa Nossa Voz, o gerente da Unidade de Negócios da Compesa, Alex Chaves, detalhou os investimentos previstos para ampliar e aprimorar o sistema de abastecimento de água em Petrolina e em localidades vizinhas, como Lagoa Grande e Izacolândia.
Segundo Alex, os investimentos envolvem ordens de serviço e licitações para obras que visam garantir segurança hídrica para os próximos anos e atender à crescente demanda da população, especialmente em bairros como Novo Tempo e João de Deus.
“Foi uma implantação de uma adutora, custa R$ 400 mil, fazendo uma integração aí de sistemas de distritos, na verdade. A gente já teve esse resultado positivo. Começando em fevereiro”, explicou Alex Chaves, destacando a primeira fase de integração do sistema.
Ele detalhou ainda os ajustes realizados durante o período de altas temperaturas: “E a gente tá agora passando por momentos de ajustes nesse período um pouquinho mais quente. É, no Fernando Idalino, a gente também já fez esse investimento. Foi no final de 2023, Idalino, Henrique Leite, é um investimento importante que também tem resultado positivo, não só o Henrique Leite, mas ali também o bairro Universitário.”
Entre as ordens de serviço mais recentes, está a implantação de 9 km de rede ao longo da BR-407 para viabilizar a duplicação da via. “Estamos fazendo algumas retiradas ali na Honorato Viana. Numa parte do trecho, está finalizando a parte de esgoto e água. A outra ordem de serviço mais imediata é a de Izacolândia e Lagoa Grande. É um investimento importante, estamos duplicando a vazão do sistema de abastecimento de água, garantindo segurança hídrica para os próximos 20 anos.”
Alex detalhou o investimento em infraestrutura: “Estamos implantando uma nova adutora, uma nova captação, uma nova estação de tratamento, uma das mais modernas, com investimento de cerca de R$ 15 milhões. Em seis meses, vamos ter resultados positivos. A previsão de conclusão é de seis meses para Izacolândia, e a outra obra ao longo da BR-407 também tem prazo de seis meses.”
O gerente ressaltou ainda o investimento total em diferentes frentes: “É os R$ 42 milhões de investimento, que é a implantação da captação e nova adutora para integrar a nova estação de tratamento, já dada ordem de serviço e em trabalhos preliminares no distrito industrial, com uma estação de 400 litros por segundo. Somado com outros R$ 16 milhões, o total chega a R$ 58 milhões, investimento que vai resolver, de fato, toda a cidade, com prazo de conclusão em novembro de 2026. Já entramos no próximo verão mais tranquilos, com mais água, e o sistema é modulado, hoje com 400 litros, mas preparado para expansão futura.”
Sobre melhorias pontuais em bairros com histórico de problemas, Alex comentou: “No Novo Tempo e Pedra Linda, plantamos uma nova adutora e implantamos mais uma estação de bombeamento, aumentando a possibilidade de abastecimento. Recentemente houve uma reclamação pontual, possivelmente relacionada a algum vazamento que ainda não identificamos, porque estamos falando de 15 km de tubulação. Precisamos fazer geofonagem para identificar trechos sensíveis, como na parte do João de Deus, onde ajustes de rede são necessários.”
Ele explicou também os trabalhos realizados no Idalino e Henrique Leite: “Houve uma mudança no sistema de abastecimento em maio, com bypass do reservatório. Essa intervenção beneficiou o Fernando Idalino e Henrique Leite, começando água bombeada para esses trechos. Ainda serão necessários ajustes em registros de distrito, e o que for chegando, vamos trabalhando de forma pontual.”
Sobre saneamento no Parque Petrolina, Alex esclareceu: “O problema é de repasse, construído pelo construtor, com participação do Ministério Público. Há questões técnicas que precisam ser resolvidas. Com a mudança da configuração do sistema, ampliamos a pressão em alguns pontos, mas será necessário algumas semanas para ajustes de vazamento. Prioritariamente, atenderemos os pontos mais críticos, com remanejamento de equipes se necessário.”
Por fim, ele comentou trechos mais problemáticos, como Cosmo Damião: “O sistema Cosmo Damião é problemático desde a concepção por questões topográficas. Precisa de intervenção maior, não pontual, com rebaixamento do trecho, especialmente para resolver a situação da Santa Mochotó e ruas adjacentes. Estamos aguardando questões de concessão ou alocação de recursos diferenciados para resolver de vez.”