Estudo aponta, mortalidade feminina por câncer de pulmão só vai estabilizar em 2030

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(Foto: Banco Mundial/ ONU)

A taxa de mortalidade das mulheres brasileiras por câncer de pulmão, doença relacionada ao tabagismo, só vai parar de crescer no ano de 2030. É o que mostra o estudo A curva epidêmica do tabaco no Brasil: para onde estamos indo?, apresentado nesta quinta-feira (29) pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) como parte das atividades do Dia Nacional de Combate ao Fumo, celebrado hoje. 

Segundo a pesquisadora do Inca Mirian Carvalho, uma das responsáveis pelo estudo, a estabilidade da morte pela doença entre os homens começou na década de 1990, mas os efeitos das políticas de controle do tabagismo demoram mais para aparecer entre as mulheres porque, historicamente, elas começaram a fumar depois. 

“Esse era um comportamento majoritariamente masculino. Com o passar dos anos as mulheres começaram a fumar. Então os reflexos sobre a saúde deles foram observados antes e as mulheres já foram beneficiadas pelas políticas de controle do tabaco. É assim que acontece em outros países, a prevalência de fumar é maior entre os homens e mesmo que entre as mulheres por maior valor que atinja, não chega no patamar dos homens”. 

De acordo com a pesquisadora, as políticas de controle do tabagismo no país começaram em 1986 e a queda da prevalência de fumantes na população adulta entre 1989 e 2013 foi de 56% entre os homens e 59% entre mulheres. Em 1989, 47% dos homens brasileiros fumavam e entre as mulheres o índice era de 27%. A proporção reduziu para 23% dos homens e 14% das mulheres em 2008 e em 2013 estava em 19% dos homens e 11% das mulheres. (Fonte: Agência Brasil)