Estudos do Aggeu Magalhães ratificam predomínio da variante Gama em Pernambuco

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Informação foi divulgada pelo secretário de Saúde André Longo, que confirmou também uma contínua redução nos indicadores da Covid-19 e do número de pacientes em UTIs

Um novo sequenciamento genético de amostras biológicas de pacientes acometidos pela Covid-19 ratificou o predomínio da circulação da cepa Gama (variante P.1) em Pernambuco. De acordo com análise feita pelo Instituto Aggeu Magalhães (IAM/Fiocruz PE), 100% das 32 amostras analisadas apresentaram essa cepa. Os pacientes que adoeceram pela Covid-19 em maio eram de municípios da Região Metropolitana do Recife (RMR), Zona da Mata, Agreste e Sertão. A informação foi divulgada pelo secretário estadual de Saúde, André Longo, em coletiva de imprensa online na tarde desta terça-feira (06.07).

“Essa nova análise do laboratório Aggeu Magalhães reforça a predominância da variante P.1 em Pernambuco, e nós continuamos empenhados no sequenciamento de novas amostras para investigar o padrão de ocorrência no Estado e verificar se há novos achados. Mas lembro que, independentemente da cepa, os cuidados continuam os mesmos. É a partir da adesão às medidas de higiene e segurança que evitamos a circulação do vírus e até mesmo o surgimento de novas cepas”, afirmou André Longo.

DADOS EPIDEMIOLÓGICOS – Os dados epidemiológicos da Covid-19 continuam em redução em Pernambuco. De acordo com André Longo, na última semana epidemiológica (SE 26) – que corresponde ao período entre 27/06 e 03/07 – Pernambuco registrou 961 notificações de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), que são todos os quadros graves suspeitos para a Covid-19. O número representa uma redução de 13% em relação à SE 25 (20/06 a 26/06) e de 32% na comparação com a SE 24 (13/06 a 19/06).

Em relação às solicitações de leitos de terapia intensiva, a Central Estadual de Regulação Hospitalar registrou redução de 18% entre as semanas 26 e 25, e de 35% entre a SE 26 e a SE 24. De acordo com Longo, os dados trazem o impacto direto na rede hospitalar. Neste momento, a rede pública de Pernambuco registra menos de 1.100 pacientes internados nos leitos de UTI, um patamar que não era visto desde o início de março deste ano.

“Apesar dos bons indicadores, não podemos baixar a guarda, e este é um alerta também para quem já completou o esquema vacinal. O relaxamento nos cuidados, de forma recorrente, poderá trazer um aumento na contaminação, gerar novos casos e propiciar mais internações e perdas de vidas. O vírus continua entre nós e, para que haja contaminação, só é preciso um descuido”, alertou o secretário de Saúde.