“Eu sei exatamente o meu valor”, diz Maria das Dores sobre ser uma representatividade dentro da agricultura rural

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São 3 horas da manhã, muitos ainda se encontram dormindo, esperando o dia amanhecer para começar os afazeres diários. Mas, em Ponta da Serra, interior de Petrolina, a trabalhadora rural, Maria das Dores, já está na cozinha fazendo o almoço para levar para o trabalho e deixar pronto para os filhos mais tarde. Em seguida, ela organiza os materiais escolares das crianças para não se atrasarem. O sol já está nascendo, ela sai de casa com uma mochila nas costas, pronta para encarar uma viagem de moto, serão 40 minutos para chegar no seu local de trabalho. 

Às 5h da manhã, ela bate o ponto e entra na fazenda, iniciando a sua jornada diária na colheita de uva. Entre os parreirais, Dorinha, como é carinhosamente chamada, se diverte e alegra a todas que estão ao seu lado no momento de trabalho. Em um descanso e outro ela compartilha a sua rotina com os seus seguidores no Instagram, com mensagens de positividade.  “Aos 18 anos assinei a carteira, fui mãe nova. não tenho vergonha do que faço, é um trabalho digno, como digo para os meus seguidores”, conta a trabalhadora rural. 

Apesar de levar com leveza a rotina, Maria das Dores reconhece as adversidades que enfrenta. “Não é uma vida de conto de fadas, como muitos impõe, é uma vida de muita luta. Abrimos mão da nossa vida para lutar no meio do sol quente, para no final do mês receber nosso dinheiro e levar o pão de cada dia para os nossos filhos.

Estudos mostram que há necessidade de elaboração de políticas públicas voltadas para as trabalhadoras rurais, onde trate a igualdade entre os gêneros, com local apropriado para que possam fazer o seu trabalho com dignidade.  Cada vez mais, dados apontam o desempenho de diversas funções em que as mulheres estão à frente, evidenciando a representatividade feminina no setor agrícola.

No meio da tarde, Maria das Dores finaliza o seu dia como trabalhadora rural, e começa a sua outra jornada: dona de casa. “Chego em casa a tarde e tenho a casa para arrumar, filho pra cuidar, louça pra lavar”, expõe ela.

Questionada sobre o seus planos para o futuro, ela conta que: “Educar os melhores filhos, mostrar a eles que a gente tem que ter responsabilidade, ser digno e, principalmente, amar o que se faz”, conta.  

Projeto ‘Mulher, sinônimo de superação’

A Grande Rio FM, entre os dias 7 e 11, estará entrevistando mulheres para contar a sua história de vida e experiências únicas. Durante a programação, você irá conhecer relatos de superação, alegrias  e de inspiração, além de poder ganhar prêmios com os sorteios. 

Confira as fotos da entrevista com Dorinha: