O edital para a escolha da nova empresa que gerenciará os serviços de água e esgoto em Petrolina deve ser lançado nos próximos dias. A informação foi repassada ao Nossa Voz pelo diretor-presidente da Agência Reguladora Municipal, Ruben Franca. De acordo com Franca, o processo de licitação já estaria em andamento, mas uma das empresas interessadas enviou questionamentos e eles precisam ser respondidos antes da execução do certame.
“A gente está concluindo a última demanda de questionamentos, não podemos pular etapas. Uma empresa, no apagar das luzes, no dia 31 de julho mandou 14 questionamentos. Então temos que responder, ver se a gente acata, se vamos mudar o edital naquilo que a empresa está sugerindo ou não. Estou com isso na mão, estamos resolvendo e tão logo que a gente feche esses últimos questionamentos, daremos uma lapidada no edital de licitação e em seguida ele será lançado”, reforçou.
Apesar de participar do processo de elaboração do certame, o presidente da Armup prefere não precisar os prazos para sua realização. “Falta muito pouco, eu diria dias, para que o edital seja lançado. Eu não posso dizer aqui e dizer o dia exato, mas falta muito pouco para que ele seja publicado”.
Compesa
Durante a entrevista, Rubem Franca relembrou os motivos que levaram a Companhia Pernambucana de Saneamento a perder a concessão do saneamento em Petrolina. “Foi assinado em 2007 um termo aditivo ao contrato de concessão com plano de metas, onde deveria investir no Dom Avelar, Antônio Cassimiro, São Gonçalo, e outros. Ela perdeu essa concessão, está saindo de Petrolina por causa disso, porque ao longo desses anos ela se negou a cumprir com a sua responsabilidade de concessionária”, explicou ressaltando a falta de investimentos contraditória a arrecadação anual da empresa pertencente ao Governo do Estado.
“Eu seria o primeiro a defender a Compesa se ela tivesse abraçado essas regiões, esses sistemas que ela deixou à própria sorte. Então é por isso e outros motivos que está perdendo a concessão. A população ficou cansada, a prefeitura ficou cansada de solicitar, de implorar à Compesa que ela realizasse os investimentos que estavam previstos desde 2007”, finalizou.