Jéssica Roseno do Nascimento, de 27 anos, foi internada no Hospital Universitário de Petrolina na última quinta-feira (10), após sofrer um aneurisma cerebral. Depois de uma longa espera, a paciente foi transferida para o Hospital da Restauração, em Recife, na tarde desta terça-feira (15), mas, segundo familiares, ainda não recebeu o tratamento necessário.
Em entrevista ao Nossa Voz, Renato, pai de Jéssica, relatou a angústia que a família enfrentava durante o processo de regulação. “Ela passou mal na quinta-feira e foi levada para o hospital de Traumas, onde foram realizados exames. Desde o início, a suspeita era de aneurisma. No sábado (12), um dos médicos chegou a informar que Jéssica tinha uma trombose cerebral e que não seria mais necessário realizar cirurgia ou transferi-la. Mas à noite, às 21h, ligaram para a mãe dela pedindo os documentos, pois a suspeita inicial foi confirmada: era, de fato, um aneurisma cerebral.”
Renato ainda destacou que, durante esse período, houve erro na leitura do laudo médico, o que gerou a falsa esperança de que a situação era menos grave. “O médico tinha lido o laudo de outra paciente. Estamos mobilizados desde então para conseguir uma vaga para Jéssica em Salvador ou outro centro que pudesse realizar a cirurgia, porque cada minuto conta para salvar a vida dela.”
A transferência para Recife, no entanto, não trouxe o alívio esperado. Desde a chegada ao Hospital da Restauração, Jéssica, segundo Renato, não tem recebido o atendimento adequado. “Ela foi transferida, mas quando chegou lá não havia médico para atendê-la. Até agora, não foi realizado nenhum exame, e ela não está sendo medicada como estava no Hospital Universitário de Petrolina. O hospital de Recife parece estar em condições ainda piores. Ela está gritando de dor, e o aneurisma corre o risco de se romper.”
Renato, pai de Jéssica, também fez um apelo às autoridades locais, mencionando o contato com deputados e outras figuras políticas na tentativa de conseguir ajuda para a filha. “Já procurei autoridades em Juazeiro e Petrolina, mas até agora ninguém nos deu uma resposta. Estamos tentando de todas as formas resolver essa situação.”
A família de Jéssica aguarda agora por esclarecimentos e uma solução para que a paciente possa passar pela cirurgia de urgência o quanto antes, uma vez que a demora no atendimento pode aumentar as chances de complicações fatais. “Se o aneurisma dela romper, são 96% de chance de óbito”, alertou o pai da paciente.
O Hospital da Restauração foi procurado para prestar esclarecimentos sobre o caso e as condições do atendimento da paciente. Até o momento, a família segue aguardando uma resposta das autoridades de saúde.