Júri popular acontece nesta quinta-feira (16), no Fórum Dr. Souza Filho; Claudenor Souza confessou o crime.
Será realizado nesta quinta-feira (16), no Fórum Dr. Souza Filho, em Petrolina, o júri popular de Claudenor Souza, acusado de assassinar a comerciária Jackline de Almeida Silva, de forma brutal. O caso, que chocou toda a região, volta a mobilizar familiares, amigos e moradores que pedem justiça.
O julgamento está previsto para começou hoje pela manhã e deve se estender ao longo do dia. Familiares da vítima já estão no local e acompanham cada etapa do processo com expectativa e emoção.
A reportagem conversou com Jéssica Jaiane Oliveira de Almeida, prima de Jaqueline, que reforçou o desejo da família por justiça:
“O nosso sentimento hoje é que a justiça seja feita. Nada do que for decidido vai trazer a minha prima de volta, mas o mínimo é que ele pague pelo que fez. O que nossa família quer é o cumprimento da justiça”, afirmou.
A família espera que o réu receba a pena máxima.
“Nada justifica o que ele fez. Só Deus pode tirar a vida. Ele destruiu a nossa família”, desabafou Jéssica.
Crime brutal e dor permanente
De acordo com a investigação da Polícia Civil, Jackeline foi morta por asfixia. O corpo da vendedora foi encontrado no dia 1º de setembro, enterrado no quintal da casa do acusado, no bairro Jardim Amazonas, zona norte de Petrolina.
Segundo a polícia, a vítima e Claudenor mantinham um relacionamento.
O acusado foi preso no dia 2 de setembro, após fugir para o município de Irecê, no interior da Bahia. De acordo com o delegado Gabriel Sapucaia, responsável pelo caso, Claudenor acabou sendo capturado quando retornou para Petrolina.
Durante o interrogatório, ele confessou o feminicídio e a ocultação de cadáver.
A defesa de Claudenor informou à reportagem que não vai se pronunciar sobre o caso.
Jackeline era conhecida e muito querida entre os vizinhos e colegas de trabalho. Desde o crime, a população tem se mobilizado para prestar apoio à família.
“Graças a Deus, Jaqueline era muito querida. Muita gente está vindo hoje, mesmo sem ser da família, para acompanhar o julgamento. O que aconteceu chocou toda a comunidade”, contou Jéssica.
Ela também relembrou a dor da mãe da vítima, que não pôde se despedir da filha.
“Minha prima foi encontrada em início de decomposição. Isso impediu que a mãe dela velasse o corpo. Foi desumano”, completou.
Clamor por justiça
Familiares e amigos permanecem no Fórum de Petrolina durante todo o julgamento.
“Queremos convidar cada pessoa, cada mãe, cada mulher a vir aqui pedir justiça por Jaqueline”, finalizou Jéssica.
