Na manhã desta terça-feira (18), familiares e amigos de Jackeline Almeida Silva realizaram uma manifestação pacífica em frente ao Fórum de Petrolina. O protesto ocorre no mesmo dia em que acontece a audiência de instrução do caso, marcada para as 9h30. Eles pedem a aplicação da pena máxima ao acusado, Claudionor Alves de Souza, de 62 anos, que foi preso em 2 de setembro.
Jackeline desapareceu no dia 30 de agosto e foi encontrada morta enterrada no quintal da casa do acusado, no bairro N-9. O crime gerou grande comoção, não apenas pela violência, mas também pela revelação de um relacionamento que, segundo familiares, era desconhecido por todos.
Os participantes do protesto carregavam cartazes com mensagens de apelo à justiça. Jéssica, prima da vítima, expressou a dor da família e destacou a importância do ato. “Estamos aqui para lembrar que Jackeline tinha família, que ela faz muita falta. Nada vai trazê-la de volta, mas o mínimo que a justiça deve fazer é garantir a pena máxima ao acusado. É inaceitável que algo assim tenha acontecido.”
Adriana, também prima, reforçou o pedido por solidariedade da comunidade. “Essa luta não é apenas da nossa família, é de todas as famílias que já sofreram com crimes como esse. Queremos que a justiça seja feita, não só por Jackeline, mas para evitar que outras pessoas passem por essa dor.”
A vítima era conhecida por ser carinhosa, dedicada à família e ao trabalho. Segundo os familiares, ela nunca mencionou o relacionamento com Claudionor, o que dificultou as buscas iniciais após o desaparecimento.
O acusado foi capturado dois dias após o crime, enquanto tentava se esconder na Bahia. Durante as investigações, confessou ter cometido o homicídio e ocultado o corpo no quintal de sua casa.
Além de clamar por justiça, os manifestantes convocaram a população de Petrolina e região a se unir ao movimento. “Pense se fosse na sua família. O que você faria? Estamos aqui para pedir justiça e lembrar que a violência contra as mulheres precisa ter fim,” disse Ana Carla, amiga próxima da família.
A audiência de instrução, que acontece hoje (18), será um marco no andamento do caso. Os familiares esperam que o acusado receba a pena máxima e que o desfecho sirva de exemplo para combater a violência de gênero.
O assassinato de Jackeline é mais um alerta para a gravidade do feminicídio no Brasil, reforçando a necessidade de medidas rigorosas para prevenir e punir crimes dessa natureza.