FBC avalia múltiplas candidaturas diz que estratégia trará a vitória da oposição de Pernambuco

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Para o senador Fernando Bezerra Coelho, ter múltiplas candidaturas no campo das oposições em Pernambuco é a melhor estratégia quando se trata da disputa ao governo do Estado. Em entrevista ao Nossa Voz, ele fez um resgate das composições feitas entre 2006 e 2018 e nele, sempre que se consolidava a união, os partidos opositores ao poder vigente amargaram a derrota. 

“Em 2006, Humberto e Eduardo Campos apresentaram duas candidaturas para enfrentar Mendonça. Eduardo foi para o segundo turno e terminou  ganhando de Mendonça. Em 2010, Jarbas Vasconcelos uniu a oposição e perdeu na reeleição de Eduardo. Em 2014 e 2018 Armando uniu as oposições e perdeu duas vezes para Paulo Câmara. Eu sinceramente torço para que, tanto Raquel como Miguel, possam manter suas candidaturas para que a gente possa ter um pleito em que o campo da oposição dará uma alternativa para todo o eleitorado de Pernambuco. As duas candidaturas devem provocar o segundo turno e no segundo turno o sentimento de mudança, que é muito forte, vai prevalecer com esse sentimento de renovação”. 

Questionado sobre como observa as movimentações na Frente Popular, com o iminente anúncio da candidatura de Danilo Cabral pelo PSB e o apoio de Lula ao nome de Humberto Costa (PT) na disputa a governador, FBC preferiu não opinar. 

“Eu sinto que existe um profundo desgaste com o PSB, com a Frente Popular. Veja que o PSB falou gatos e cachorros do PT, agora já estão dentre beijos e abraços para manter esse projeto de poder que não tem mais sentido. Eu prefiro não emitir opiniões sobre a escolha de nomes e nem sobre as estratégias e as eventuais disputas ou divergências que estejam ocorrendo. O que isso tudo revela é um sinal claro de cansaço, de dificuldades que já vinham existindo dentro da Frente Popular e eu acredito que veremos nos próximos meses muitas dissidências, muita divergência, muita  gente procurando se posicionar para facilitar esse projeto de mudança”.