FPI/PE flagra desmatamento ilegal em Floresta; Polícia lavrou TCO por crime ambiental em desfavor do responsável

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Extração ilegal de madeira em Floresta. (Foto: Divulgação/ MPPE)

Dezesseis homens foram flagrados pela equipe Flora da Fiscalização Preventiva Integrada da Bacia do São Francisco em Pernambuco (FPI/PE) cortando vegetação nativa da caatinga na manhã desta terça-feira (16). O ponto de desmatamento ilegal fica localizado próximo ao canal da transposição do rio São Francisco, na zona rural de Floresta.

Na abordagem, os trabalhadores explicaram que a madeira, já separada em cerca de 50 montes de lenha, seria carregada em um caminhão e transportada pelo dono do veículo. Ainda segundo os trabalhadores, ele seria o responsável por pagá-los pelo serviço.

O homem foi autuado pela equipe da FPI/PE em razão do crime ambiental de exploração ilegal de madeira nativa, já que não apresentou nenhum tipo de documentação atestando a legalidade desse trabalho. Toda a lenha foi apreendida e trazida no próprio caminhão do autuado para a cidade de Petrolândia, base da operação de fiscalização.

O autuado foi apresentado à delegada de Polícia Maria Elizabeth Barreto, do Depoma, que está atuando junto à FPI e foi lavrado termo circunstanciado de ocorrência por infração ao artigo 46 da Lei de Crimes Ambientais (Lei nº9.605/98), que estabelece ser crime receber ou adquirir, para fins comerciais ou industriais, madeira, lenha, carvão e outros produtos de origem vegetal, sem exigir a exibição de licença do vendedor, outorgada pela autoridade competente e sem munir-se da via que deverá acompanhar o produto até final beneficiamento.

O dono do caminhão disse que costuma revender a lenha para padarias e empresas de cerâmica, algo que ainda precisará ser confirmado ao longo das investigações. Já os 15 trabalhadores que estavam no local foram liberados após terminarem o carregamento da madeira apreendida.

A condição degradante do acampamento dos trabalhadores também chamou a atenção dos técnicos da FPI/PE. No local havia duas tendas improvisadas onde, segundo relato dos próprios trabalhadores, eles dormiam e se alimentavam.

No acampamento foram localizadas quatro motocicletas, redes, esteiras, panelas, carne de animais -incluindo a carcaça de um tatu-peba, cuja caça é proibida- e vários tonéis de água.

O transporte da lenha entre o local da extração e o ponto de carga do caminhão era feito por meio de dois carros de bois.

No final da tarde, a equipe da FPI/PE realizou ainda a destruição de um forno de carvão. (Fonte: MPPE)