Gilmar critica postura de Odacy e sugere autocrítica: “Faltou firmeza nas críticas e mais identificação com o PT”

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O vereador Gilmar Santos (PT) avaliou o desempenho do Partido dos Trabalhadores nas eleições municipais de 2024, em que o candidato da legenda, Odacy Amorim, obteve 10.373 votos, representando 5,69% dos votos válidos e ficando na quarta posição. Na disputa, o eleito Simão Durando (União), Julio Lóssio (PSDB) e a estreante Lara Cavalcanti (PL) ocuparam as três primeiras colocações, respectivamente.

Gilmar Santos destacou a necessidade de uma postura mais incisiva por parte de Odacy Amorim durante a campanha. Segundo ele, faltou uma crítica mais contundente às falhas da gestão de Simão Durando e uma identificação mais clara com o discurso tradicional do PT.

“Faltou, por exemplo, uma crítica mais firme sobre as filas nos postos de saúde e sobre o esgoto tomando conta de bairros como Jardim Petrópolis e Henrique Leite. Problemas como as enchentes no bairro Dom Avelar, as dificuldades enfrentadas pelo Antônio Cassimiro, e a desvalorização dos servidores públicos, como os professores e funcionários contratados, também precisavam ser abordados com mais vigor” afirmou ao Nossa Voz desta terça-feira (08).

O vereador reeleito criticou o que ele considerou uma falha na comunicação da campanha, enfatizando que a defesa do projeto do Partido dos Trabalhadores (PT) precisa ser feita de forma mais efetiva e contínua. Ele pontuou que o processo eleitoral é uma consequência do trabalho político cotidiano e sugeriu que Odacy fizesse uma autocrítica sobre seu desempenho no processo.

“O processo político exige inteligência, performance e disposição para defender o projeto. Precisamos avaliar nossa atuação política cotidiana, porque no fim das contas, o processo eleitoral é uma consolidação daquilo que fazemos todos os dias. E é importante que o companheiro Odacy também reflita sobre essas falhas e busque melhorar sua atuação”.

Questionado sobre a ausência do presidente Lula em Pernambuco e, especialmente, em Petrolina durante a campanha, Gilmar atribuiu isso a questões de saúde e à complexidade da agenda presidencial. “O presidente Lula tem enfrentado dificuldades para circular por diversos municípios, inclusive capitais, seja por questões de saúde ou por conta de sua agenda presidencial. Infelizmente, ele não pôde estar presente aqui em Petrolina, mas isso não tira a importância da sua figura e do seu legado para o partido” explicou.

O vereador sublinhou a necessidade de fortalecer a identificação com o ex-presidente Lula, uma figura central para o PT, especialmente em Petrolina, onde as obras do partido tiveram um impacto significativo. “Lula é um patrimônio da classe trabalhadora e contribuiu muito com o país. Aqui em Petrolina, se tirarmos as obras do PT, a cidade para. Tire a universidade federal, o hospital de traumas, o SAMU, o Minha Casa Minha Vida, e veja como fica a cidade” ressaltou.