Em seu discurso na sessão desta terça-feira (26), o vereador Gilmar Santos (PT) não poupou críticas à política armamentista do governo Bolsonaro. O parlamentar voltou a falar do empobrecimento da população brasileira e julgou inadmissível o uso de verbas destinadas pelo Ministério da Cultura para a realização de um evento relacionado ao uso de armamentos.
Agregado a isso, Gilmar Santos ainda citou o disparo acidental da arma de fogo pertencente ao ex-ministro da educação, Milton Ribeiro, que atingiu uma funcionária da Gol no aeroporto de Brasília.
“Nós temos hoje a população enfrentando a fila do osso, quem diria que nós veríamos a população brasileira tendo que apelar para osso para sobreviver. (…) E nós temos esse governo assassino, esse governo que se comporta como uma milícia apostando cada vez mais em exterminar, não apenas emocionalmente, porque a população brasileira está adoecida com tanta tragédia, com tanta destruição promovida por esse governo. E não bastasse toda a dificuldade que o nosso povo enfrenta, vem o ministro da cultura dizer que R$ 1 bilhão será investido para promover eventos de arma de fogo. E o ex-ministro da educação, que anda armado, tem a sua arma atingindo uma funcionária no aeroporto”.
A fala de Gilmar Santos não passou despercebida entre os vereadores bolsonaristas, que saíram em defesa do presidente.
Capitão Alencar afirmou que a gestão Bolsonaro promove a segurança pública em detrimento do teatro da nudez e da maconha e citou casos de corrupção ligados a integrantes de gestão petista.
“Quando nós percebemos que temos políticas de segurança pública que melhoram, que crescem o movimento pela segurança pública, percebemos certos debates que dão mais prestígio ao bandido, aos teatro de nudez, ao teatro da maconha, ao teatro das crianças. Então, essas são as políticas públicas que determinados partidos enaltecem e não aquelas que enaltecem a nossa sociedade com melhorias na saúde, não com os sanguessugas, com melhorias na infraestrutura. (…) A gente quer aqui lembrar que o governo do PT está respondendo, os seus ministros José Genuíno, José Dirceu, Palocci, tantos deles. Nós temos aquela refinaria nos Estados Unidos que foi dada pela ex-presidente Dilma. Então, isso ninguém fala, os roubos, as delações, isso ninguém comenta, só quer falar do governo que faz”.
Já o líder do governo, Diogo Hoffmann fez questão de reforçar a lista de integrantes do Partido dos Trabalhadores que também foram relacionados a atos ilícitos no Brasil.
“Foi citada aqui a expressão organização criminosa instalada no Palácio do Planalto, mas eu quero rememorar aqui que entre 2003 e 2016 o partido que comandou o país teve três tesoureiros presos: Delúbio Soares, Paulo Ferreira e João Vaccari Neto. Um ex-ministro da fazenda, Antônio Palocci, preso, um ex-presidente da república preso. E nós temos visto ainda outras atitudes das mais abjetas por parte de componentes deste partido. recentemente tivemos uma colaboradora da Havan, na cidade de Jundiaí, que foi agredida por uma ex-candidata a vereadora pelo Partido dos Trabalhadores porque estava indo trabalhar com a camisa da Havan. A mulher tem tanto ódio do Véio da Havan, que agrediu uma trabalhadora. Então, a gente já sabe quem é a organização criminosa e quem é intolerante”.