O Governo de Pernambuco autorizou as primeiras liberações financeiras do Fundo Inovar: R$ 622 mil para 25 novas empresas credenciadas no programa PróStartups, ação conjunta da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (Facepe) e Agência de Empreendedorismo de Pernambuco (AGE). Os recursos estão sendo aplicados como subvenção econômica, isto é, sem necessidade de reembolso aos cofres públicos.
Os negócios contemplados foram os que apresentaram melhores planos de trabalho nas primeiras rodadas do PróStartups Operação, uma das três linhas de ação do programa. No final do ciclo, a startup vencedora pode receber até R$ 95 mil e o Ambiente de Inovação (alianças estratégicas de apoio à Inovação, Parques Tecnológicos, Centros de Inovação, Pré-incubadoras, Incubadoras e Aceleradoras) até R$ 90 mil, caso emplaque três startups vencedoras.
“Estamos muito felizes com essas primeiras liberações do Fundo Inovar, pois uma das finalidades da AGE é justamente administrar fundos públicos e fomentar o desenvolvimento sustentável no nosso Estado”, comemora o diretor-presidente da AGE, Márcio Stefanni. Ele explica que o Fundo Inovar existe desde 2013, mas somente no ano passado, com a Lei nº 17.156/2021, ganhou natureza financeira e passou a ser movimentado a partir de uma conta específica de recursos orçamentários, com o objetivo de apoiar diretamente iniciativas de Ciência, Tecnologia e Inovação. Também em 2021, o Governo do Estado aportou R$ 12,2 milhões no fundo.
“O ecossistema de CTI pernambucano conta agora com um fundo financeiro, aprimorado e específico para catalisar iniciativas de desenvolvimento de novas tecnologias e soluções inovadoras. O Fundo Inovar é formado por recursos repassados por empresas com operações no Estado que confiam na capacidade do Governo de Pernambuco de apoiar a Inovação por meio de suas políticas públicas de vanguarda e, com isso, gerar novas oportunidades de trabalho, renda e empreendedorismo”, complementou o secretário de CTI, Lucas Ramos.
O PróStartups é pioneiro, estruturado para apoiar as empresas de base tecnológica pernambucanas em todas as etapas dos seus ciclos de vida. O programa conta com aportes totais do Fundo Inovar de R$ 5,1 milhões em investimentos, dentro do Plano Retomada. E foi estruturado para preencher diferentes lacunas e contribuir para solucionar as principais dificuldades vivenciadas pelas startups pernambucanas, garantindo ampla conexão com as instituições produtoras de ciência, tecnologia e inovação e os ambientes de inovação.
COMO FUNCIONA O PRÓSTARTUPS?
A primeira iniciativa, de Operação, funciona como um campeonato com fases eliminatórias: a cada rodada, as melhores empresas de determinado eixo temático passam de fase e recebem os recursos do Governo do Estado. Os eixos são Agritech, Govtech, Indústria e Saúde. Os melhores projetos são contemplados com recursos por cada etapa vencida. No final, a startup vencedora pode receber até R$ 95 mil e o ambiente de inovação até R$ 90 mil, caso emplaque três startups vencedoras. Um investimento total de R$ 2 milhões.
Já o PróStartups Aceleração, segunda ação do programa, é uma modalidade de crédito com prazo de pagamento de 60 meses, sendo 12 meses de carência. É voltada para startups que estão buscando tracionar seu negócio, ou seja, aumentar a oferta de produto e serviço tecnológico para abocanhar uma fatia maior do mercado através de um portfólio mais amplo que permite maior faturamento e lucro. Novamente, são quatro eixos estratégicos (Agritech, Govtech, Indústria e Saúde) e cada startup poderá captar até R$ 200 mil, em um valor global disponibilizado de R$ 1 milhão.
Por fim, o PróStartups Bônus Tecnológico, que já destinou R$ 600 mil em 2021, tem previsão de aportar mais R$ 1,5 milhão para apoiar as startups a ganharem novos clientes micro, pequenas e médias empresas, que estão conduzindo Inovação e Transformação Digital em seus negócios. Poderão ser alcançadas até 60 startups. Os projetos podem receber entre R$ 20 mil e R$ 50 mil, de acordo com o eixo temático. Assim, o Governo incorpora o risco da contratação de inovação, permitindo que as micro, pequenas e médias empresas inovem, ao passo que as startups captem clientes que terão a contratação subsidiada.