O governo de Pernambuco publicou, na edição do Diário Oficial do Estado desta quarta-feira (21), a demissão de 21 funcionários da Secretaria Estadual da Saúde, três da Secretaria de Esportes e Educação e um da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), em decorrência de Processos Administrativos Disciplinares abertos a partir de 2019.
Os servidores demitidos da Saúde atuavam como médicos, auxiliares e assistentes em saúde, enfermeiros, técnicos e auxiliares de Enfermagem. Na Secretaria de Educação, foram demitidos professores. Já o servidor desligado da Funase ocupava o cargo de auxiliar em gestão autárquica ou fundacional.
As demissões ocorreram a partir de processos abertos entre 2019 e 2022, ou seja, em gestões anteriores, e também em 2023, já no governo Raquel Lyra (PSDB).
Demissões na Saúde
O Jornal do Commercio apurou que alguns servidores estão deixando o trabalho junto à gestão estadual por insatisfação com as condições de trabalho. Essa insatisfação, contudo, não é necessariamente voltada contra a gestão atual, visto que alguns casos são de processos que se arrastam desde 2019.
A reportagem recebeu denúncias de pedidos de demissão de diversos médicos da maternidade do Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam), por exemplo. Muitos deles afirmaram que estão saindo do governo estadual para trabalhar em prefeituras, após concurso público.
Os profissionais apontam que os contratos com o governo estadual seriam “frágeis” e que as gestões municipais estariam oferecendo condições melhores.
Procurado pela reportagem, o presidente do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), Walber Steffano, disse que muitos profissionais da Saúde estão buscando outros espaços com melhores condições de trabalho.
“O que muitos deles veem no serviço é que a estrutura não é adequada para médicos e a população”, disse Steffano, completando que essas demissões não são feitas aos poucos. Segundo ele, muitos casos correm há bastante tempo, e o governo aguarda para realizar a demissão de um grupo maior de uma só vez.
O JC procurou o governo estadual para entender as demissões e aguarda retorno. O espaço está aberto.
Fonte: Jornal do Commercio