Uma operação da Polícia Federal (PF), nesta terça (24), investiga desvios de recursos públicos em um contrato da Secretaria Estadual de Saúde com a Fundação Martiniano Fernandes. O acordo investigado é o que foi firmado pelo governo com essa organização social ligada ao Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip) para a gestão do Hospital Miguel Arraes, em Paulista, no Grande Recife.
As suspeitas são de superfaturamento, ocultação de valores, execução fictícia de serviços e contratação direcionada de prestadores de serviços. Imagens da operação mostram policiais federais cumprindo mandados de busca e apreensão no Imip, no bairro dos Coelhos, no Centro do Recife.
São investigados os crimes de peculato, lavagem de dinheiro, organização criminosa e sonegação fiscal. Duas pessoas, que não tiveram nome ou cargo informados, foram afastadas das funções. Em nota, o governo estadual se pronunciou sobre essa investigação, que é realizada em parceria com a Controladoria Geral da União (CGU) e o Ministério Público Federal (MPF).
As irregularidades teriam ocorrido em contratos terceirizados, como os de limpeza hospitalar e fornecimento de comida, não envolvendo os serviços de saúde prestados pelo Imip, informou a Polícia Federal. Os nomes das empresas terceirizadas não foram divulgados. (Com informações: G1PE)
Veja a nota do Governo do Estado na íntegra:
“O Governo do Estado de Pernambuco informa que está apoiando e auxiliará com todos os meios possíveis os órgãos de controle federais responsáveis pela deflagração da Operação Clã, realizada na manhã desta terça-feira (24) pela Polícia Federal, envolvendo suspeitas de irregularidades nas contratações de Organização Social (OS) para gestão de hospitais pela Secretaria de Saúde do Estado (SES) na gestão anterior.
As informações decorrentes da Operação evidenciam os reais motivos da saúde de Pernambuco encontrar-se na situação inadmissível que está, sendo esse momento oportuno e necessário para se fazer as apurações devidas da forma como o interesse público requer. Ao mesmo tempo em que mecanismos internos de combate à corrupção estão sendo criados, a exemplo da formalização da Secretaria Executiva de Transparência e Controle, a administração estadual trabalha para que o atendimento de saúde à população não seja prejudicado.
Por fim, informa que por determinação da governadora Raquel Lyra, a Secretaria de Controladoria-Geral do Estado (SCGE) já está à disposição e em contato com os órgãos externos para atuar no auxílio às investigações”.
(Foto: Polícia Federal/Divulgação)